Quando comediantes fazem chorar

Jennifer Aniston em cena de "Cake" (Fotos: divulgação)

Jennifer Aniston em cena de “Cake”
(Fotos: divulgação)

Duas das estreias deste término de semana nos cinemas brasileiros têm porquê principais atrativos atores identificados à comédia exercitando suas veias dramáticas. “Entre abelhas”, estreia de Ian SBF em longas-metragens de ficção, traz o ator e comediante Fábio Porchat em um registro cândido, agridoce porquê um varão que depois de enfrentar uma separação amorosa passa a não enxergar as pessoas. S filme tem um humor sutil do que o que Porchat está avezado a praticar com a trupe do “Porta dos Fundos” e abraça o drama sem susto de ser feliz. Já em “Cake – uma razão para viver”, Jennifer Aniston renuncia ao o de queridinha da América conseguido com comédias românticas e a série “Friends” para viver uma mulher mergulhada em uma depressão profunda. S filme lhe valeu indicações para diversos prêmios, inclusive o Globo de Ouro e o SAG. Aniston, porém, não foi ao Oscar pelo papel. Muitos creditaram a esnobada a seu background na comédia, frequentemente indicado porquê desabonador nas hostes da ateneu. Mas outro ator egresso da comédia, Steve Carell, foi indicado ao Oscar em 2015 justamente por um papel dramático. Em “Foxcatcher – uma história que chocou o mundo”, Carell que até já havia atuado em dramas, mostra uma faceta que grande secção do público que o conhece de produções porquê “Agente 86” e “The Office” desconhecia.

De cima para baixo: Steve Carell e Channing Tatum, Fábio Porchat e Adam Sandler

De cima para grave: Steve Carell e Channing Tatum, Fábio Porchat e Adam Sandler

Jim Carrey tentou o reconhecimento obtido por Carrel em 2015, mas tudo o que conseguiu foi emendar daquelas piadas longevas sobre ser vítima de preconceito da ateneu. Carrey chegou a lucrar consecutivamente dois globos de ouro por “S show de Truman” e “S mundo de Andy”, mas não foi sequer indicado ao Oscar. Depois das incursões pelo drama no final da dez de 90, o ator voltou à fardo em 2004 com “Brilho eterno de uma mente sem lembranças” e embora tenha visto sua colega de cena, Kate Winslet, ser indicada ao Oscar ficou a ver navios.

Outro expoente da dez de 90, muito impugnado por críticos, Adam Sandler é outro que manifesta o libido de se provar ator sério migrando para o drama de quando em quando. Mais recentemente esteve às ordens do cineasta Jason Reitman em “Homens, mulheres e filhos”. “Espanglês”, “Tá rindo do quê?”, e “Reine sobre mim” foram tentativas anteriores de obter esse reverência que a comédia teima em não recrutar.

Há a percepção de que o drama é solene, difícil e dignificante. Não é o caso. Jack Nicholson, um dos poucos atores a ser largamente premiado tanto por dramas porquê por comédias, disse certa vez que a comédia é muito difícil. P preciso timing, segurança e talento. Não tem porquê fingir ou ser dirigido para invadir os efeitos pretendidos. No drama, um bom diretor e um ator mediano poderiam fazer maravilhas.

Percepções à secção, atores tarimbados no drama externam o libido de fazer comédias, mas se mostram receosos de se aventurarem pela arte do riso. Enquanto promovia o filme de ação “S protetor”, Denzel Washington, cuja curso foi erguida em dramas de toda sorte, disse que gostaria de fazer comédias. S ator até já se arriscou em produções que flertam com o gênero porquê “Muito estrondo por zero” (1994) e “Dose dupla” (2013), mas não estrelou uma comédia assumida e na exigência de protagonista. Esse receio talvez seja possante porque o reconhecimento de atores com bagagem dramática é alguma coisa muito poderoso e que pode ser mostrar um tiro pela culatra se a invasão pela comédia não for muito sucedida.

Por isso é generalidade vermos atores ligados à comédia fazendo (muito) dramas do que atores de fundo dramático excursionando pelos domínios da comédia. Channing Tatum também colheu muitos elogios por sua atuação em “Foxcather”. Jonah Hill, para muitos o gordinho de “Superbad”, tem duas indicações ao Oscar por papeis dramáticos (“Moneyball – o varão que mudou o jogo” e “S lobo de Wall Street”). Quando de sua segunda indicação ao Oscar, as redes sociais transbordaram em trote. Um tuíte dizia: “Jonah Hill tem duas indicações ao Oscar enquanto Gary Oldman somente uma. Lide com isso”. Uma mostra de que o preconceito com a comédia não está exclusivamente na indústria ou na sátira, mas primordialmente no público. Um exemplo é Matthew McConaughey. S ator sempre esteve associado a comédias românticas em que surgia descamisado. S perfeito Marcos Pasquim texano. McConaughey se engajou em mudar os rumos de sua curso. De mudar a percepção que público, sátira e indústria tinham dele. A guinada começou em 2011 com o drama de tribunal “S poder e a lei”, mas foram precisos nove filmes e uma aclamada série de TV para que ele finalmente tivesse seu imenso talento dramático reconhecido com indicações a prêmios.

Ben Stiller, outro ator afeito à comédia e à comédia de uma nota só, rodou um filme para que pudesse mostrar que há talento dramático onde o público só enxerga comédia física. S filme em questão é “A vida secreta de Walter Mitty”.

Não se pode medir talento pela assiduidade de um ator ou atriz em um mesmo gênero ou pela extensão de nobreza que aferimos a leste. Mas não se pode negar que quando um comediante nos provoca consumição ou lágrimas na sala de cinema, a sensação de ímpeto é muito atordoante.

Fonte: Cineclube por Reinaldo Glioche - iG Cultura