Empresa fatura R$ 10 milhões e o próprio CEO atende telefone do SAC
Pela descrição, dá até pensar que a Keiff Kefir é uma empresa pequena: há somente um resultado (um tipo de laticínio probiótico criado há mais de milénio anos no Cáucaso) e o próprio CEO faz questão de atender as ligações dos consumidores. Só que os números provam exatamente o contrário, com faturamento de 10 milhões de reais por ano e mais de 800 pontos de venda em todo o país.
“Eu não tenho a verba das [companhias] gigantes ou as fábricas. Mas tenho vontade, paixão e acredito no negócio. É por isso que o telefone do SAC escrito na embalagem é daqui de morada. Eu acho importante saber a experiência do cliente. Olha que só tenho um aparelho, logo, às vezes, até minha mãe liga. Mas não posso terceirizar o atendimento”, diz Rafael Abad, sócio-fundador e diretor executivo.
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Com curso consolidada no setor financeiro de multinacionais, o engenheiro decidiu largar o incumbência de gerência na Odebrecht para fabricar o próprio negócio. E a inspiração veio do período que morou nos EUA, para estudar na Universidade de Chicago, quando passou a consumir diariamente a bebida probiótica – que se assemelha a iogurte procedente e coalhada, também baseados na levedação do leite.
“Quando voltei ao Brasil, não achei para vender em nenhum lugar. E até tentei fazer uma versão caseira, mas não me adaptei. Continuei com minha vida corporativa por cá, só que vivia o paradoxo de ter me prestes a vida inteira e não ser feliz. Logo, durante um jantar, minha esposa – Julia Martins, também sócia-fundadora e diretora financeira – sugeriu montar uma empresa que produzisse kefir”.
Tudo começou com investimento próprio de 300 milénio reais e colaboração de amigos para desenvolver as receitas. Só que o primeiro pedido grande aconteceu no término de 2017, poucos meses depois a geração da marca. Foi quando a rede Hortifruti, que tem 43 lojas em Espírito Santo, Minas Gerais e Rio de Janeiro (e 27 pontos estão na capital fluminense) encomendou 2.000 garrafas para a semana seguinte.
“Me perguntaram quantas garrafas vinham na caixa e eu disse 20. Liguei para meu sócio, que estava no laticínio, e ele pediu para cancelar porque a gente nem tinha papelão para tudo aquilo. Comprarmos na papelaria e conseguimos produzir tudo o que precisava. Depois disso, a gente diminuiu as caixas para 12 unidades porque elas têm que ter um formato específico. Depois que explicaram”, diz Abad.
Desde logo, a Keiff Kefir fechou contratos com alguns dos maiores mercados do país, porquê Lar Santa Luzia, Mambo, Procedente da Terreno, Oba, Pão de Açúcar e St. Marche. E, ano pretérito, a empresa recebeu o primeiro aporte extrínseco de um fundo de investimentos em troca de 15% de participação – tanto o valor quanto os sócios são mantidos em sigilo por consonância contratual, segundo o diretor executivo.
Durante a pandemia, os números duplicaram em relação a 2019: são vendidas 100 milénio unidades por mês em 12 estados de todas as regiões do Brasil. Também foram gastos 3 milhões de reais para desenvolver novas garrafas, que serão lançadas em abril. Atualmente, a empresa tem 25 funcionários e estuda novas receitas, porquê é o caso do kefir à base de chuva e até mesmo uma opção com leite vegano.
“Nós só queremos opções relacionadas ao kefir. Queremos ser específicos. Logo não existe intenção de lançar iogurte normal, por exemplo. Eu me preocupo muito com a diferenciação do resultado. E pode não ser o laticínio mais saboroso ou mais proteico do mercado. Mas é o melhor. Fazemos sem conservantes e sem corantes, com o melhor leite do país, além de ser o único com 14 tipos de probióticos”.
Também há uma preocupação com sustentabilidade e impacto social. Por conta disso, a Keiff Kefir tem a certificação Empresa B – destinada às companhias que assumem o compromisso de reduzir os impactos ambientais. Entre as ações, há garrafas feitas de material reciclável e neutralização de carbono. Também já foram doadas mais de 3 toneladas do resultado para promover a alimento saudável.
“Temos que gerar qualquer tipo de favor à sociedade. Temos nossas iniciativas para melhorar o mundo e não comunicamos isso. Não está escrito na nossa embalagem. Nós fazemos não pelo marketing e sim pelo coração. Acredito que, para ter sucesso, é preciso fazer alguma coisa que goste, muito-feito, que tenha impacto positivo no mundo e que seja viável. Porque, se não for viável, não é perpétuo”.
De combinação com estudos realizados pela Universidade Federalista do Espírito Santo (Ufes), os probióticos do kefir podem facilitar no fortalecimento do sistema imunológico, na absorvência de nutrientes e na digestão. E, além das propriedades anti-inflamatórias e antimicrobianas, o laticínio reestabelece flora intestinal – de quem desequilíbrio, chamado disbiose, pode estar ligado a doenças cardiovasculares e renais.
“Sempre tivemos um proposito evidente do que fazer. Eu, porquê consumidor, tenho dificuldade de ver uma empresa que diz ser saudável, mas que também produz alguma coisa que é totalmente o oposto. Nosso resultado é para o tripa e a gente quer alguma coisa que faça muito. Se 70% da nossa isenção está nas bactérias boas do nosso tripa, quem está muito, acaba ficando muito por inteiro”, diz o diretor executivo.
Quanto aos planos para 2021, Rafael Abad prefere ser cordato. Pelas previsões da empresa, o ritmo de desenvolvimento deve diminuir neste ano e o planejamento é para manter a demanda atual. Isso porque, além da economia em crise e do desemprego em subida, há fatores que influenciam indiretamente, porquê dólar ressaltado e aumento do preço de combustível – que encarecem material prima e frete.
“Queremos expandir para novos mercados. Também estamos desenvolvendo novas opções. Mas não há nenhum projecto de venda direta ao consumidor. Nosso resultado mansão muito muito com o padrão, porque é de compra recorrente e as pessoas estão evitando transpor de moradia. Há mercado para isso. Só que a logística, ainda mais para o kefir, um resultado refrigerado, faz com que o processo seja inviável para nós”.
Ainda que haja desenvolvimento da demanda com o término da pandemia (projetado pela Keiff Kefir exclusivamente para o ano que vem), não há planos para iniciar novidade rodada de investimentos. Segundo o diretor executivo, os aportes recebidos no ano pretérito foram suficientes para dar fôlego à produção, com mais capital de giro, estoque e desenvolvimento de derivações do resultado atual, que já tem quatro sabores.
“Só narrativa os dias para a pandemia finalizar e eu voltar a fazer o que mais senhor. Quero visitar compradores e ir ao mercado. Minha paixão sempre foi trabalhar diretamente. Eu já fui levar o resultado com meu próprio carruagem na moradia de um cliente que não encontrou o kefir à venda. E as pessoas valorizam essas atitudes, porque o mundo do dedo acabou com a humanização. Faço isso porque paladar”, diz Rafael Abad.
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