BH enfrenta alerta sumo de temporais e risco geológico nesta terça-feira – Horizontes
Novas pancadas de chuva e a consequente elevação do risco geológico (quando aumenta a chance de desabamentos, por conta do solo encharcado) podem punir a capital mineira nesta terça-feira.
Alerta emitido pelo Instituto Pátrio de Meteorologia (Inmet) aponta que o temporal tem potencial para superar 60 mm por hora. Ou por outra, rajadas de vento estão no radar. Há previsão também de chuva poderoso para outras cidades de Minas Gerais.
A chuva intensa do término de semana causou muitos estragos. Um prédio de quatro andares ainda em construção na Serra, região Meio-Sul de BH, desabou. No bairro Gameleira, um restaurante também ruiu. Vários pontos da cidade ficaram alagados e sem virilidade elétrica em seguida queda de árvores.
No bairro Primeiro de Maio, Setentrião da capital, comerciantes e moradores contabilizavam ontem os prejuízos causados. A via 240, próxima à Estação São Gabriel, Nordeste de BH, chegou a ser fechada nesta segunda por manifestantes que cobravam da prefeitura solução para os constantes problemas causados pelas chuvas na região.
Das 18h de sexta-feira (5) às 6h desta segunda (8), o Corpo de Bombeiros foi acionado 56 vezes para resgatar pessoas ilhadas, em áreas de inundação, alagadas ou em enxurradas na Região Metropolitana de BH.
O alerta para hoje é reforçado pela Resguardo Social de Belo Horizonte, que aponta a possibilidade de precipitações com volumes entre 20 mm e 30 mm, com rajadas de vento.
Recorde de chuvas
Em exclusivamente oito dias já choveu em Belo Horizonte mais do que o esperado para todo o mês de fevereiro. Nas regiões Meio-Sul e Noroeste, por exemplo, o volume de chuva da chuva foi 50% maior do que a média histórica do período, que é de 181,4 mm.
Ao longo da semana a intensidade das precipitações deve ser menor do que a registrada nos últimos dias, segundo previsão do Inmet.
Deslizamentos
A Resguardo Social emitiu um enviado na noite de domingo (7) chamando a atenção para risco geológico em todas as regionais de Belo Horizonte até esta terça-feira, por conta do acúmulo de chuva. Recomenda-se atenção no intensidade de saturação do solo e nos sinais construtivos.
Segundo o órgão, os moradores devem permanecer atentos aos sinais de que os deslizamentos podem intercorrer. Os principais são trincas nas paredes, chuva empoçando no quintal, portas e janelas emperrando, rachaduras no solo, chuva minando da base do barranco e inclinação de poste ou árvores.
Temporais causam mortes e deixam 300 desalojados pelo Estado
Até esta segunda-feira (8), as fortes chuvas já haviam causado pelo menos 13 óbitos em território mineiro, conforme dados da Resguardo Social Estadual. O último registro foi o de um varão de 34 anos que morreu no sábado, dentro do carruagem, em Porteirinha, no Setentrião do Estado, depois de o veículo desabar no rio Mosquito.
A soma das mortes refere-se ao período pluviátil no Estado, de outubro de 2020 a esta segunda-feira (8). Somente em 2021, foram 11 vidas perdidas por conta das tempestades.
De pacto com a Resguardo Social, nove pessoas ficaram feridas em decorrência das chuvas. Mais de 300 estariam desabrigadas no Estado. Em Santa Luzia, na Região Metropolitana de BH (RMBH), 300 pessoas ficaram desalojadas domingo (7), em seguida o transbordamento do rio das Velhas.
Em Escrutinação, também na RMBH, uma família foi resgatada ao permanecer ilhada durante as chuvas fortes de domingo (7). Ao todo, conforme a Resguardo Social municipal, 20 pessoas ficaram desalojadas e diversos bairros alagados.
Outros óbitos
Em 2 de janeiro, um jovem de 13 anos que andava de bicicleta foi arrastado pela enxurrada no bairro Santa Rosa, região da Pampulha, em BH. Ele não resistiu e morreu. Também na capital, um varão morreu, em 15 de janeiro, atingido por relâmpago em campo de futebol no bairro Serra, região Meio-Sul.
Outros dois óbitos foram registrados pelo órgão em 2020. Um em outubro, em Carmo do Rio Evidente, e outro em Pedras de Maria da Cruz, Setentrião de Minas, em novembro.
As fortes chuvas causaram a morte de um varão de 51 anos que tentava cruzar dimensão de dilúvio durante temporal em São João do Glória, província de Muriaé, em 1º de janeiro. Uma mulher de 54 anos morreu soterrada depois deslizamento de terreno no dia 4 do mesmo mês.
Uma cabeça d’chuva atingiu uma catadupa em Capitólio, matando três pessoas. Seis ficaram ilhadas e foram salvas de helicóptero pelos Bombeiros.
Um idoso morreu em Além Paraíba, Zona da Mata, em seguida a morada em que estava, às margens do riacho Limoeiro, desabar com a poderoso chuva de 8 de janeiro. Em Santo Antônio do Itambé, Região Mediano, um relâmpago tirou a vida de duas pessoas, em 9 de janeiro.
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