Passageiros da Grande BH reclamam de ‘descaso’ e ônibus lotados no trajeto para a capital
Usuários do transporte público que liga cidades da Região Metropolitana de Belo Horizonte à capital mineira reclamam “descaso”, ônibus lotados e poucas viagens. Alguns passageiros afirmam que chegam a passar murado de quatro horas por dia dentro dos coletivos. Todo esse trajeto, para muitos, é encarado em pé.
É o caso da vendedora Adriane Lúcia, de 51 anos, moradora de Santa Luzia e que trabalha no Meio de BH. “É muito extenuante. Há muito descaso [com os passageiros da Grande BH]. Não consigo viajar sentada, sempre vou e volto em pé. Não tem porquê nem segurar”, diz.
Ela afirma que, se conseguisse permanecer sentada, poderia explorar outras atividades de lazer durante a viagem, porquê “estudar ou ler um livro”. “E a passagem é caríssima”, desabafa.
Também moradora de Santa Luzia, a mercador Geane Albuquerque, de 50 anos, vive veras semelhante. “É um caos. Eu saio de lar por volta das 7h e só chego às 21h, para trabalhar das 9h às 19h”, afirmou. “Era para ser rápida [a viagem] se tivesse transporte público eficiente”, pontua.
Ela também citou imprevisibilidade de horários. “A gente não sabe quando terá ônibus e com isso não consegue se programar”, lamenta.
A estudante Bárbara Ferreira, de 31 anos, sai diariamente de Ribeirão das Neves com sorte à capital mineira, onde trabalha. Ela também precisa transpor murado de duas horas antes do início da jornada para conseguir chegar. “É muito pleno. No horário de pico é impossível”.
A reportagem procurou o Departamento de Edificações e Estradas de Rodagem de Minas Gerais (DER-MG) sobre as reclamações e aguarda retorno.
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