Mesmo com poucas doses, prefeituras da Grande BH vacinam pessoas fora da risco Minas Gerais
No cenário em que as vacinas contra a Covid-19 são escassas em todo o país, aumentam as incertezas sobre a ordem de preferência entre os grupos prioritários. Na Região Metropolitana de Belo Horizonte, tem município vacinando profissionais, porquê professores de ensino física e médicos veterinários, que não estão na risca de frente.
- Cidades vacinam profissionais fora da risco de frente da Covid-19 antes de imunizar idosos
A Prefeitura de Sabará começou nesta semana a imunização de idosos supra de 90 anos acamados. Nesta sexta-feira (12), foi a vez de quem fez o cadastro tomar a vacina no sistema drive-thru. A cidade informou que recebeu 4.588 doses.
3 min População de municípios da Grande BH questionam ordem de preferência na vacinação
População de municípios da Grande BH questionam ordem de preferência na vacinação
Em Sabará e em Santa Luzia, profissionais porquê professores de ensino física e veterinários recebem a ração contra a Covid-19.
Mas não são somente os idosos e profissionais da saúde da risca de frente que estão recebendo o imunizante. Fotos publicadas nas redes sociais mostram educadores físicos e fisioterapeutas de uma ateneu da cidade sendo vacinados. Eles até agradecem pela imunização, mesmo não sendo do grupo que está adiante no combate à doença.
A prefeitura diz que está seguindo rigorosamente as orientações do projecto pátrio de imunização e também do governo do estado e que profissionais de ensino física estão incluídos no projecto pátrio porquê profissional de saúde.
A informação está correta, mas são os municípios que definem as prioridades. Muitos têm limite de idade dissemelhante para vacinar idosos, por exemplo. Especialistas dizem que é preciso ter conformidade na hora de escolher os grupos que serão imunizados primeiro.
"Eu concordo plenamente que tem que ter nesse momento prioridades e as prioridades são, evidente, profissionais na risco de frente para atendimento de pessoas vivendo com Covid. Logo, eu sou profissional de saúde, atendo pacientes, mas eu não me considero nesse momento na risca de frente, eu estou na segunda risco para receber a vacina. Eu acho que tem que ter três pontos: justiça, moral e solidariedade", defende o infectologista Dirceu Greco.
Vacinas AstraZeneca/Oxford — Foto: Gustavo Mansur / Palácio Piratini
A falta de perspicuidade sobre quem vai receber as doses primeiro não é percebida somente em Sabará. Em Santa Luzia, outra cidade da Região Metropolitana, também teve vacinação de profissionais que não estão na risco de frente. Uma veterinária e educadores físicos postaram nas redes sociais que receberam a ração contra a Covid-19 no dia 10 deste mês.
"Que usem o lado ético desse processo. Todo mundo vai receber a vacina, mas acho que nesse momento tem que proteger quem está mais exposto", completa Greco.
"Eu acho que a população brasileira tem que ter mais discrição. Acho que tem que entender que todo mundo vai ter a sua vez. Você tira a prioridade de pessoas que realmente estão necessitadas, porquê o exemplo que está cá em BH, uma senhora de 93 anos. Acho que brasiliano tinha que ter vergonha, principalmente, nossos representantes na política, pessoal que tem entrada a esse mecanismo", diz o jubilado Luís Carlos Guimarães.
A TV Mundo pediu uma posição da Prefeitura de Santa Luzia, questionando as prioridades na cidade e as doses aplicadas na população, incluindo os idosos, mas, até a publicação desta reportagem, não havia obtido retorno.
Sobre os profissionais vacinados em Sabará, a ateneu informou que a imunização foi realizada seguindo as regras do projecto municipal de vacinação e sob orientação, fiscalização e responsabilidade da prefeitura.
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