Tropa: Novo comandante é “muito tropa e pouco político”, dizem militares – 31/03/2021
Escolhido pelo presidente Jair Bolsonaro para ser o novo comandante do Tropa, o general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira é assinalado por pares porquê um varão "muito querido pela tropa" e com ótimas relações humanas.
A avaliação de coronéis e generais ouvidos pela pilar é de que a escolha, anunciada nesta quarta-feira pelo novo ministro da Resguardo, general Braga Netto, foi positiva.
Apesar disso, na avaliação de um coronel, falta ao general um pouco de traquejo político, o que poderia dificultar a sua relação com as Forças e com o governo.
"Ele é muito querido pela tropa, é um varão da tropa, mas neste função é preciso ser político também", disse.
O Tropa enviou a Braga Netto uma lista com o nome dos cinco generais, que seriam os candidatos naturais, por ordem de antiguidade: Décio Luís Schons, José Carlos de Nardi, José Luiz Freitas, Marcos Antônio Amaro e Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira.
Os dois primeiros, no entanto, já estão de passagem para a suplente, ou seja, na lista que realmente valia Paulo Sério estaria em terceiro. Pela ordem enviada pelos militares, seria o quinto.
Bolsonaro não era obrigado a seguir a lista. Na tarde desta quarta-feira, Braga Netto conversou com os 'candidatos' para as vagas.
Conforme afirmou um general, no entanto, em seguida a escolha feita, o comandante passa a ser respeitado.
Ou por outra, lembram os generais, quando há uma escolha que não respeita a ordem da lista o objecto é tratado com os mais antigos e aceito por eles.
Seguidor da lei
Generais que elogiaram o novo comandante destacaram que Paulo Sérgio é "muito correto" e "seguidor da lei".
Militares lembram ainda que o general teve uma experiência muito-sucedida quando dirigiu o Hospital das Forças Armadas (HFA) e é hábil nas relações humanas. "Ele é oferecido ao diálogo e benquisto".
Entrevista polêmica
Generais minimizaram uma suposta insatisfação do presidente Bolsonaro com uma entrevista dada pelo general Paulo Sérgio no término de semana. "Se realmente não tivesse gostado, não teria sido escolhido", afirmou um militar de subida patente.
Em entrevista ao Correio Braziliense, Paulo Nogueira revelou que secção dos militares está em teletrabalho e que são tomados cuidados mesmo com os mais jovens no retorno para suas casas. Por isso, o percentual de mortes na caserna seria menor do que no resto país se um pouco "melhorasse no Brasil".
"O índice de mortandade é muito insignificante, menor do que na rede pública, graças a essa conscientização, essa compreensão, que é o que eu acho que, se melhorasse no Brasil, provavelmente, o número de contaminados seria muito menor", disse o general.
"Estamos com uma taxa de mortalidade de 0,13%. Ínfima, em termos de conferência com a do país."
Mesmo com mortes recordes, Bolsonaro continua insistindo em seu exposição contra as restrições de mobilidade para o combate a pandemia.
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