Comunicação científica soa arrogante e não convence o público, diz perito

Em cláusula publicado no jornal britânico “Guardian”, o químico e biólogo Richard P. Grant comentou os problemas enfrentados pela comunidade científica para discursar suas descobertas ao público.

Grant, que atualmente trabalha com divulgação médica, conta que “um pouco se rebela” quando especialistas tentam nos manifestar porquê devemos viver nossas vidas. Como exemplo, ele cita o recente plebiscito em que a população britânica contrariou a opinião dos estudiosos e votou pela saída do Reino Unido da União Europeia.

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(Foto: Picture-Alliance/DPA/KJ. Hildenbrand)

De conciliação com ele, cientistas gostam de discutir, mas quando apresentam ao público informações corroboradas por dados e gráficos, correm o risco de parecer arrogantes e condenatórios. “Até mesmo –e mormente– se você estiver claro”, afirma.

Um dos principais problemas seria o vestimenta de a informação científica não tentar persuadir as pessoas e sim autoafirmar aquelas que já estão dentro da comunidade. “Olhe para nós, eles dizem, não somo inteligentes? Nós somos exclusivos, somos uma gangue, somos uma família.”

Grant diz, no entanto, que essa falta de interação com o público não leva as pessoas a serem contra a ciência. “Elas querem saber que alguém está ouvindo, está levando suas preocupações a sério e se importa com elas”, afirma.

S investigador aponta porquê uma ação de informação científica muito-sucedida a iniciativa da física Sabine Hossenfelder: por U$ 50, uma pessoa pode conversar por 20 minutos com um físico quântico, recontar qualquer teoria maluca que tenha na cabeça e aprender um pouco sobre o mundo.

“Quem está disposto a transpor de sua bolha de conforto e fazer um esforço para conseguir as pessoas onde elas estão, onde estão confusas e machucadas, onde precisam?”, questiona Grant.

Fonte: Novo em Folha