As migrações, tabuleiro das novas tecnologias

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Paul Ratje Acampamento de imigrantes em Ciudad Juárez, México Paul Ratje

É o ano de 2035. Um imigrante quer se estabelecer na França, mas a estudo de todas as suas ações e comportamentos graças ao grande volume de dados sugere às autoridades que ele não se integrará adequadamente. Sua solicitação é rejeitada. Ficção cientifica? Não para a OCDE.

Nos próximos anos, é provável que as mudanças climáticas, distúrbios geopolíticos e o envelhecimento da população continuarão acelerando os fluxos migratórios.

Mas outros fatores, porquê as novas tecnologias, podem "mudar o jogo", antecipa a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) em um documento apresentado nesta sexta-feira em Paris em um fórum sobre migrações.

Essas projeções para "por volta do ano 2035" não são inteiramente o resultado da imaginação.

Os cenários apresentados são "plausíveis e perturbadores o suficiente para merecer a atenção e a preparação dos formuladores de políticas", segundo o relatório.

Por exemplo, com base nos dados pessoais disponíveis e usando "avanços tecnológicos", poderia-se "selecionar imigrantes com base em estimativas precisas e detalhadas de seu potencial de integração".

O Reino Unificado já utiliza, por razões de segurança, big data para o processo de visto, e os Estados Unidos podem pedir aos migrantes entrada às suas redes sociais, ressalta o relatório.

Sua generalização pode levantar a problemas éticos, mas também "levar a melhores processos de integração e maior ratificação pública da transmigração", estima a OCDE.

- "Impactos gigantescos" -

"Pensamos em cenários que poderiam ocorrer (...) e ter impactos gigantescos", resumiu à AFP Jean-Christophe Dumont, patrão de transmigração internacional da OCDE.

"Vamos imaginar que podemos prever um comportamento com base em dados pessoais. Que selecionamos com base na verosimilhança de alguém permanecer doente, cometer um transgressão, integrar-se com mais ou menos facilidade, aprender um linguagem (...) Não estamos longe disso", afirmou.

Outra hipótese levantada pela OCDE é que não se pode mais viver na clandestinidade, pois os governos podem geolocalizar os clandestinos e saber onde estão em tempo real.

"Não estamos longe disso na China com o reconhecimento facial, com o controle das redes sociais. Mas estamos confortáveis com esse tipo de horizonte?", questiona Jean-Christophe Dumont.

Para Nina Gregori, diretora do Escritório Europeu de Escora ao Asilo (EASO), "ser capaz de antecipar os movimentos das pessoas é uma coisa boa".

"Identificar todas as pessoas que estão em nosso território" poderia ter um "impacto positivo" para estrangeiros em situação irregular, estima, pois "existem setores inteiros da economia, porquê a lavra, que são semi-dependentes da mão de trabalho de imigrantes em situação irregular".

- Contrapoderes -

Para o diretor da associação Fórum de Refugiados, Jean-François Ploquin, "quanto mais nos aproximamos dos sistemas de controle, mais são necessários contrapoderes".

"Tudo isso levanta, por exemplo, a questão do enorme problema da confiabilidade dos dados. O traje de um jovem africano declarar sua idade na Itália para entrar na Europa não significa que ele não seja menor", diz.

A OCDE recomenda que os governos não baseiem suas políticas "exclusivamente" em algoritmos e lucidez sintético.

A organização também vê outros possíveis fatores para a transmigração em tamanho, porquê uma transição muito-sucedida para uma ecologia livre de carbono que levaria a uma queda nos preços do petróleo.

Os países exportadores de ouro preto, particularmente no Oriente Médio, que atualmente dependem fortemente de mão-de-obra migrante, veriam não somente o retorno desses migrantes aos seus países de origem, mas também um êxodo potencial de suas populações, alerta a OCDE.

A combinação de vários fatores pode gerar "uma tempestade perfeita de desequilíbrios migratórios internacionais", conclui.


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