Ofício em Cena: José Luiz Villamarim é o último entrevistado da temporada

S diretor José Luiz Villamarim, último entrevistado de Bianca Ramoneda na atual temporada do Ofício em Cena, é responsável por grandes sucessos da televisão brasileira nos últimos tempos. Entre os seus trabalhos recentes estão, as minisséries Nada Será Como Antes, Justiça, Amores Roubados, S Rebu e S Canto da Sereia, e a romance Avenida Brasil.
Surpreendentemete, poucos conhecem o diretor. Apesar de trabalhar no meio, ele é avesso às câmeras. Pelo menos a manar na frente delas. Villamarim se sente muito à vontade nos bastidores. Ele fala sobre o seu processo criativo, sobre as referências que usou para fabricar cenas marcantes das suas obras e sobre sua estreia no cinema com o já premiado filme ‘Redemoinho’.
Excepcionalmente para essa entrevista, o ‘Oficio em Cena’ saiu do auditório dos Estúdios Globo, onde habitualmente recebe seus convidados, para conversar com o diretor em um teatro do Rio de Janeiro, “onde tudo começou”, segundo ele. Reconhecido por um estilo documental de fazer ficção, Villamarim explora os silêncios na dramaturgia com uma retrato quase voyeurística e procura nos atores com que trabalha uma entrega que, segundo ele, cria uma empatia procedente com o público por permitir que os espectadores se reconheçam na tela. “S ideal é que você nem sinta que tem uma câmera ali te filmando”, explica. Seus trabalhos são reconhecidos por isso. Ele é o diretor que sugere que as atrizes aumentem as manchas ao invés de maquiá-las e que deixem o cabelo porquê está.
Sobre sua maneira de trabalhar, Villamarim explica que vai para o set de gravação sabendo o que vai fazer. “Eu palato e tenho mania de começar com a primeira cena, porque pego a vigor de todo mundo. Eu estou nervoso, o ator está nervoso, o fotógrafo, Waltinho, está nervoso, toda equipe está com aquela robustez que é sensacional, que no fundo é catalisadora e pode gerar alguma coisa. Também não palato de ensaiar demais, acho que perde um pouco da espontaneidade”, revela.
Quando chega ao set, o diretor põe uma música. Para ele, a música traz um pouco daquilo que se faz na preparação, traz a memória de todos e ajuda o elenco a se instalar. É um instrumento sério para ele. “Se eu não acho a música, não acho a cena”, define. “Ela tem que escadeirar, tem que me tocar. E evidentemente vai tocar alguns atores também”, complementa. Ao término da gravação, ele está exausto. “Quando termina o set, eu estou morto! Porque é uma entrega, uma entrega boa de ser feita”, define do diretor.
A entrevista de José Luiz Villamarim ao Ofício em Cena vai ao ar na próxima terça-feira, dia 27, às 23h30, na GloboNews.