S efeito Deadpool já se faz sentir em Hollywood e filmes de heróis devem mudar

S sucesso de “Deadpool” desnorteou os executivos de Hollywood. Isso pode ser muito positivo no limitado prazo; mas porquê Hollywood é um lugar multíplice pode se tornar alguma coisa muito ruim no médio prazo.

Antes de progredir no raciocínio é preciso voltar um pouco no tempo e entender o sucesso de “Deadpool”.

S filme, que custou muro de US$ 80 milhões e já arrecadou o duplo disso globalmente em exclusivamente um término de semana, foi meta de uma campanha de marketing agressiva na internet. Ryan Reynolds, que lutou com unhas e dentes para tirar o projeto da gaveta, se engajou de uma maneira incomum para astros hollywoodianos nessa fluente promocional ainda tão pouco (muito) explorada pelos estúdios.

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Isso, coligado ao indumentária do filme ser exatamente aquilo que seus realizadores idealizaram (uma comédia de ação virulenta, enxurrada de referências pop e recheada de humor preto), ajuda a entender o porquê do sucesso acachapante do longa. A data da estreia, estrategicamente alocada em uma janela sem grandes lançamentos, reforçou o poder de alcance do filme.

Foto (Divulgação)

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Hollywood ainda tenta assimiliar o que é motivo e o que é efeito no sucesso de “Deadpool”, mas já há vozes pondo lenha na fogueira. S diretor James Gunn, que com o seu “Guardiões da Galáxia” alcançou sucesso muito semelhante ao de “Deadpool”, expressou descrença de que alguma coisa genuinamente positivo possa surdir dessas circunstâncias.

“Você vai ver Hollywood entendendo tudo inexacto a partir desta prelecção”, escreveu o cineasta em seu Facebook. “Eu vi isso sobrevir com ‘Guardiões.’ Eles não vão entender um filme original e sem temor de decorrer riscos. Eles vão liberar filmes de heróis cômicos que quebrem a quarta parede. Eles vão te tratar porquê idiota, alguma coisa que ‘Deadpool’ não fez”.

Se essa previsão pessimista vai vingar ou não (e é provável que vingue), ainda é cedo para saber, mas a Fox já repensa seus próximos lançamentos. S terceiro filme solo de Wolverine, previsto para 2017, pode receber o “tratamento Deadpool” e ser proibido para menores de 17 anos desacompanhados dos pais nos EUA, e para menores de 16 anos no Brasil.

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A grande ironia é que Darren Aronofsky deixou a direção de “Wolverine: Imortal” (2013) porque havia pensando em um filme violento, cru e entrado em desacordo com o estúdio. Wolverine, que certamente não recepciona o mesmo tipo de humor de Deadpool, é um personagem que já pedia há qualquer tempo um tratamento sombrio no cinema.

P, porém, necessário ter a percepção de que o sucesso de um filme em suas peculiares circunstâncias não será plenamente replicado por outro, mas “Deadpool” chegou mesmo para embaralhar o tumultuado e, até claro ponto, exaurido cenário dos filmes de super-heróis. A teoria de deixar os filmes com rosto de ‘filme adulto’ pode ser uma opção. As séries da parceria Marvel/Netflix já sinalizavam isso. Hollywood, de vez em quando, fica perseguindo a rabo. As vezes encontra.

Fonte: Cineclube por Reinaldo Glioche – iG Cultura