Museu Casa Alphonsus de Guimaraens é reaberto
Nome fundamental do simbolismo no Brasil, o poeta Alphonsus de Guimaraens tem seu Museu reaberto à visitação a partir deste sábado (9). Após uma restauração, o Museu Casa Alphonsus de Guimaraens, situado na cidade de Mariana, está pronto para receber a comunidade. Para marcar essa novidade tempo do espaço, a Secretaria de Estado de Cultura e sua Superintendência de Museus e Artes Visuais promovem uma visitante ao lugar no primeiro dia de sua reabertura.

Situado na Rua Direita, o museu é reinaugurado em seguida reformas na secção hidráulica e elétrica, troca do telhado e do revestimento, elaboração de projetos de incêndio, sinalização e iluminação, adaptação de acessibilidade, restauração de parede interna, pintura interna e externa, reforma dos banheiros e cozinha.

Neste primeiro momento, o visitante poderá conferir um resumo da vida e obra do poeta. Fotografias do imóvel feitas por Ailton Fernandes entre 2009 e 2016, período em que o imóvel esteve fechado, estão dispostas no primeiro pavimento. S segundo caminhar é preenchido com mobiliário, livros e objetos que remetem à história do responsável. Banners instalados no imóvel também ajudam a racontar a trajetória do poeta, porquê a histórica visitante de Mário de Andrade ao plumitivo, realizada em 1919. Durante essa primeira visitante, os “Afonsinhos”, grupo de crianças e jovens mantido pela Academia Marianense de Letras que recitam poesias de Alphonsus de Guimaraens farão uma apresentação.
Para a superintendente de Museus e Artes Visuais, Andréa de Magalhães Matos, o momento é de comemoração. “Os moradores de Mariana têm grande afinidade com o poeta simbolista, que é responsável da letra do hino da cidade, cantado com exaltação em todas as cerimônias relevantes. Ao reabrirmos o museu, devidamente restaurado, depois de sete anos em que esteve fechado à visitação, possibilitaremos o reencontro da comunidade com esse ícone da cidade”.
Em texto que o secretário de Estado de Cultura Angelo Oswaldo escreveu para a ocasião, a valia do momento é explicitada. “A lar de Alphonsus é morada da trova. Soam os responsos da Sé e a algazarra dos 14 filhos, na serena manhã de Mariana. Mário de Andrade vem de São Paulo, no trem da História, e bate à porta, porquê um rei mago atraído pela estrela. E com ele entramos para apreciar o Poeta da lua, do paixão e da morte. Venham todos. Alphonsus está à espera”.
A partir da ocasião, o Museu Casa Alphonsus de Guimaraens fica disponível para visitação pública.
A morada de Alphonsus de Guimaraens
Situado à Rua Direita, nº 35, o imóvel que abriga o Museu Casa Alphonsus de Guimaraens está instalado no meio histórico de Mariana e apresenta características das construções de estilo colonial, dentro dos padrões estéticos do término do século XVIII até o início do século XIX. S prédio é constituído por dois pavimentos e um quintal, onde se distribuem os espaços expositivos, educativos, áreas de pesquisa, administrativas e de convívio do museu.
S museu foi criado em 7 de março de 1987. Devido ao péssimo estado de conservação da mansão, foi fechado em 2009 e seu montão foi transferido para guarda na suplente técnica da Sumav, em Belo Horizonte. Em 2013, depois o desenvolvimento de projeto de restauro e adapatações de acessibilidade, iniciaram-se obras de recuperação, agora concluídas.
S poeta
Alphonsus de Guimaraens nasceu em Ouro Preto em 24 de julho de 1870. Faleceu em Mariana no dia 15 de julho de 1921. Sua trova é marcada pela espiritualidade e sua obra apresenta uma atmosfera de religiosidade, melancolia, sonho e mistério. Deixou notável conjunto de poemas entre os quais “Ismália”, “A Catedral”, “Hão de chorar por ela os cinamomos”, reconhecidos entre os significativos versos do simbolismo brasiliano. Seus livros “Pastoral aos crentes do paixão e da morte” e “Setenário das dores de Nossa Senhora” também ficaram impregnados no coletivo poético. Em sua numerosa prole, destacam-se o plumitivo João Alphonsus e o poeta Alphonsus Filho. S poeta atuou ainda porquê juiz municipal em Mariana e escreveu, nesta moradia-museu, grande secção 9 8876-8987
Rafael Rocha – 3915-2655
