Morte de jornalista mineiro completa um ano sem concluir investigação
A morte do jornalista Rodrigo Neto completa um ano neste sábado (8). Ele foi assassinado por investigar o envolvimento de policiais em crimes na região do Vale do Aço de Minas Gerais. A Polícia Civil ainda não encontrou o mandante do crime.
Para lembrar a data, será realizada às 19h uma missa no santuário São Judas Tadeu e uma marcha no bairro Canãa, em Ipatinga, onde Neto foi morto.
O caso
Na noite do crime, o jornalista estava entrando em seu carro na avenida Selim José de Salles, no bairro Canaã, quando foi surpreendido por dois suspeitos em uma moto. Um dos homens disparou várias vezes e Neto foi atingido por cinco tiros.
Foram presos dois suspeitos do crime em junho de 2013: Alessandro Neves Augusto, o Pitote, que seria o executor e o policial civil Lúcio Lírio Leal, o informante do assassinato. Pitote, que se apresentava como policial civil, está preso na Penitenciária Nelson Hungría, em Contagem, e Leal está na Casa do Policial Civil, em Belo Horizonte.
A Justiça decidiu em fevereiro deste ano que os dois acusados da morte do jornalista devem ir à júri popular, mas os suspeitos entraram com um recurso contra a decisão e o juiz responsável ainda não deu uma resposta sobre o apelo.
A morte do colega
A Polícia Civil também investiga a morte do fotógrafo Walgney Carvalho, de 43 anos, ocorrida no dia 14 de abril de 2013 em um pesque-pague em Coronel Fabriciano, na região do Vale do Aço. Ele chegou a ser apontado como suspeito da morte do colega durante as investigações por ter sido substituído por Neto em um jornal, mas foi morto porque dizia saber quem era o assassino. Alessandro Neves Augusto seria também o executor do fotógrafo.
Segundo a assessoria de imprensa do órgão, os policiais não podem dar detalhes sobre as investigações da morte dos dois jornalistas, já que os processos estão em segredo de justiça.
Fonte: R7 - Minas Gerais