Janot volta a pedir prisão de Aécio Neves

Aécio Neves foi citado pelo empresário Joesley Batista, dono do grupo JBS, e um de seus depoimentos de delação premiada
Aécio Neves foi citado pelo empresário Joesley Batista, possuidor do grupo JBS, e um de seus depoimentos de delação premiada Adriano Machado/Reuters

S procurador-universal da República, Rodrigo Janot, pediu novamente nesta segunda-feira (31) a decretação da prisão do senador Aécio Neves (PSDB). Em petição ao ministro Marco Aurélio Mello, do STF (Supremo Tribunal Federal), o procurador sustenta que o tucano pediu e recebeu propina de R$ 2 milhões do empresário Joesley Batista, da JBS.

Com o novo pedido, a PGR pretende anular decisão anterior do ministro Marco Aurélio, que negou outro pedido de prisão e determinou o retorno do parlamentar, no mês pretérito, às atividades no Senado. Na primeira ocasião, o senador chegou a ser retirado das funções parlamentares, recuperadas pelo tucano por preceito do ministro Marco Aurélio.

S novo pedido do procurador será julgado pelo STF logo que a Corte retomar as atividades, em seguida recesso do Judiciário.

A resguardo do senador Aécio Neves informa que ainda não teve entrada à revelação do PGR, mas segue tranquila quanto à manutenção da decisão do ministro Marco Aurélio que, ao revogar as cautelares impostas contra o senador, promoveu precisa emprego das regras constitucionais. A renovação de pedido de prisão contra o senador Aécio representa clara e reprovável tentativa de dolo ao texto expresso da Constituição Federal, porquê já afirmou o Ministro Marco Aurélio.

P o terceiro pedido sucessivo feito pelo procurador-universal, Eduardo Janot, para prender o senador. Dois foram rejeitados desde a homologação da delação premiada da JBS. A questão será analisada pela Primeira Turma da Corte, composta pelos ministros Alexandre de Moraes, Rosa Weber, Luiz Fux e Luís Roberto Barroso, além do relator.

No mês pretérito, Marco Aurélio manteve decisão anterior de negar o pedido de prisão preventiva do senador, mas proibiu Aécio de deixar o país e de fazer contato com outros investigados ou réus no processo.

Antes da decisão de Marco Aurélio, Aécio Neves estava ausente da atividade parlamentar por uma decisão do idoso relator do caso, ministro Edson Fachin. Aécio foi citado pelo empresário Joesley Batista, possuidor do grupo JBS, e um de seus depoimentos de delação premiada. Joesley contou aos procuradores que Aécio lhe pediu R$ 2 milhões para remunerar despesas com sua resguardo na Operação Lava Jato.

Na primeira vitória de Aécio no STF, sua resguardo comemorou a decisão de Marco Aurélio e o senador disse que sempre acreditou Justiça e que seguiria "no manobra do procuração que me foi conferido por de 7 milhões de mineiros, com a seriedade e a norma que não me faltaram em 32 anos de vida pública", declarou em nota.

A resguardo do senador também havia divulgado a seguinte nota:

"A resguardo do senador Aécio Neves reafirma que o moeda foi um empréstimo oferecido por Joesley Batista com o objetivo de forjar um transgressão que lhe permitisse obter o favor da impunidade penal.

S empréstimo não envolveu moeda público e nenhuma contrapartida por secção do senador, não se podendo, portanto, falar em propina ou devassidão.

S senador tem crença de que as investigações feitas com seriedade e isenção demonstrarão os fatos verdadeiramente ocorridos".

Fonte: R7 - Gerais