P tempo de elogiar
Leonardo Boff passou por Belo Horizonte para lançar novos livros. Esse teólogo é um dos brasileiros que me fazem confiar em horizonte para o país. Perto dos 80 anos, ele continua produzindo, viajando, falando, pregando silêncio, solidariedade e premência de respeitarmos o próximo. Vou apresentar a seguir um resumo dos novos livros de Boff para você reparar a mesma tônica em obséquio dos pobres.
“De onde vem – uma novidade visão do Universo, da Terra, da Vida, do Ser Humano, do Espírito de Deus” trata da novidade cosmologia – constelação de ideias, visões do mundo, valores, interpretações de onde vêm todas as coisas e para onde estamos indo. P um esforço para levar ao grande público uma novidade visão das coisas, fruto das descobertas feitas nos últimos tempos pelas ciências do universo, da terreno, da vida e do ser humano.
“S Divino em Nós”, no qual Boff e o monge beneditino Anselm Grün pensam o ser humano a partir (da totalidade) do divino que tudo perpassa: enfim, “o divino se mostra presente em cada partícula que forma o universo e, porquê pujança, faz tudo sempre dimanar de novo”.
Em “A Casa Comum, a Espiritualidade, o Amor” o responsável examina a profundidade e a leveza conjugadas que conclamam a uras éticas, para que possamos preservar a vida no planeta e tecer novos modos de vida na sociedade atual.
Entre os recentes dos 102 livros já escritos pelo teólogo, o que mexe comigo é “S Livro dos Elogios – S Sentido do Insignificante”, que propõe resgatar os valores perdidos do cotidiano, cuja falta, segundo o responsável, estão na raiz de nossa crise cultural. Entre esses valores, podemos mencionar o desvelo, a gentileza, a amorosidade, a solidariedade e a espiritualidade. Boff quer mostrar que as coisas são que coisas e, “se houver uma relação afetiva com elas, se repararmos no significado e no reverência que damos às coisas ligadas à família, a amigos queridos e às paisagens de nossa puerícia, veremos que tais realidades falam”.
Parece simples, mas, pense comigo custoso leitor na profundidade das reflexões de Leonardo Boff. Como a gente aguentaria suportar tanta pressão, devassidão, safadeza, traição, desemprego, assalto, notícia ruim se não dedicasse espaço amoroso para as coisas simples? Como ficaria insuportável a vida dentro de lar se não estivéssemos atentos a um novo penteado da esposa, o bom desempenho do fruto na escola? Por que não elogiar uma colega de trabalho que desempenhou muito o seu papel? Mas, principalmente, porquê não reputar as chamas no fogão a lenha ou a explosão de cores das orquídeas?
S que digo, o que Boff pede, é a coisa antiga do mundo: que a gente aprenda a valorizar coisas simples, pessoas boas, a chuva, o ar, as matas, o planeta... Que tenhamos consciência do quanto somos pequenos diante da grandiosidade do universo, mas, estejamos certos de que podemos e devemos interferir para melhorá-lo. Ele repete o que diz o filósofo Mário Sérgio Cortela: a gente não leva zero dessa vida, porém, com certeza pode sim deixar um legado do muito.
Para não me atrasar, faço um invitação: vamos dar a Temer a prestígio que ele tem – é o presidente, logo interfere na nossa vida e deve servir exclusivamente de exemplo para votarmos muito, sempre! Não deixemos que ele e todas as pessoas que nos estragam o dia prevaleçam em nossas vidas... Vamos escolher atividades que nos façam relaxar, ambientes que nos permitam respirar e pessoas que nos ajudem a sonhar. E, no lugar de reclamar, lacrimejar, maliciar, vamos elogiar! Viva Moro, delação premiada, Ministério Público, Polícia Federal, amigos, família, queridos...
