De trem pelo interno do Sri Lanka (VÍDEO)
Já se pegou adiando aquela longa viagem de trem porque ela nunca se encaixa no roteiro apertadíssimo das férias que você montou no Excel enquanto fingia que trabalhava no escritório? Pois está na hora de pisar no freio e repensar suas prioridades na estrada. Devagar - e sobre trilhos - se vai ao longe! Embarcar nos antigos e barulhentos vagões das linhas férreas asiáticas não só é garantia de cruzar regiões remotas e cenários inesquecíveis porquê também de interagir com locais e saber viajantes do mundo inteiro.
Caso você queira viver essa experiência pelo menos uma vez na vida, Sri Lanka é o direcção perfeito. S trem vagaroso que liga Ella, pacata cidade incrustada no coração montanhoso do país, à antiga capital, Kandy, atravessa paisagens tão deslumbrantes que seu trajeto é considerado um dos belos do mundo.

(FOTO: Clarissa Ferreira)
A viagem começa na estação de trem de Ella, que, construída pelos ingleses nos tempos coloniais, é uma atração por si só. Os trilhos se esparramam por um gramado repleto de flores e a minúscula plataforma ainda guarda adoráveis detalhes de sua antiga decoração. S assobio ao longe antecipa a chegada dos vagões coloridos e dá início à movimentação de bagagens e câmeras. Formado por uma mistura simpática de viajantes com seus mochilões encardidos e locais com suas roupas tradicionalmente coloridas, o grupo de passageiros é pequeno se comparado ao tamanho do trem, que secção com muitos lugares vazios. Ao longo do trajeto, porém, os vagões ficarão e cheios a cada paragem pelo caminho.
Já nos primeiros quilômetros, a estrada de ferro é cercada por um tapete verdejante de arbustos de chá que cobrem vales e montanhas. A paisagem imediatamente atrai todos os turistas a bordo para as portas e janelas do vagão - eles ainda não sabem que aquela formosura irá acompanhá-los pelas próximas sete horas de viagem. A movimentação sonolenta do trem permite aos passageiros observar o trabalho de homens e mulheres nas plantações de chá, atividade introduzida pelos ingleses e até hoje importante manadeira de renda do país.

(FOTO: Clarissa Ferreira)
A longa viagem não é monótona em nenhum momento. Também cruzamos vilarejos e estações remotas que vão formando o retrato perfeito da vida no interno da ilhéu. Mesmo com a visitante diária do trem, crianças e adultos sorriem e acenam aos viajantes curiosos. A cada paragem, vendedores ambulantes embarcam com bandejas de frutas suculentas para aplacar a inópia dos passageiros. Nos vagões caros, porém, o almoço é servido: lentilha, curry, arroz e legumes acompanhados de um oloroso chá lugar.
Na segunda metade do trajeto, muitos passageiros já se renderam ao conforto das suas poltronas e no vagão de reparo na secção anterior da locomotiva sobra espaço para quem não se cansa do visual. Por que o embalo lento do trem chame o sono, vale a pena se manter acordado para os últimos quilômetros da viagem quando o sol começa a diminuir e a luz dourada traz um clima quase mágico às florestas de eucalipto que cercam a ferrovia.
S trem toca seu sibilo final e chega à estação de Kandy pouco antes do anoitecer. Um dia inteiro de viagem se passou no mesmo ritmo lento em que a vida parece passar no Sri Lanka. Essa ilhéu no sul da Ásia definitivamente não combina com correria e pede marcha lenta e cuca fresca para ser explorada. E não deveriam ser assim todas as nossas viagens?
(S VÍDEO aquém resume em um minuto essa bela travessia!)
Caso você queira viver essa experiência pelo menos uma vez na vida, Sri Lanka é o direcção perfeito. S trem vagaroso que liga Ella, pacata cidade incrustada no coração montanhoso do país, à antiga capital, Kandy, atravessa paisagens tão deslumbrantes que seu trajeto é considerado um dos belos do mundo.
(FOTO: Clarissa Ferreira)
A viagem começa na estação de trem de Ella, que, construída pelos ingleses nos tempos coloniais, é uma atração por si só. Os trilhos se esparramam por um gramado repleto de flores e a minúscula plataforma ainda guarda adoráveis detalhes de sua antiga decoração. S assobio ao longe antecipa a chegada dos vagões coloridos e dá início à movimentação de bagagens e câmeras. Formado por uma mistura simpática de viajantes com seus mochilões encardidos e locais com suas roupas tradicionalmente coloridas, o grupo de passageiros é pequeno se comparado ao tamanho do trem, que secção com muitos lugares vazios. Ao longo do trajeto, porém, os vagões ficarão e cheios a cada paragem pelo caminho.
Já nos primeiros quilômetros, a estrada de ferro é cercada por um tapete verdejante de arbustos de chá que cobrem vales e montanhas. A paisagem imediatamente atrai todos os turistas a bordo para as portas e janelas do vagão - eles ainda não sabem que aquela formosura irá acompanhá-los pelas próximas sete horas de viagem. A movimentação sonolenta do trem permite aos passageiros observar o trabalho de homens e mulheres nas plantações de chá, atividade introduzida pelos ingleses e até hoje importante manadeira de renda do país.
(FOTO: Clarissa Ferreira)
A longa viagem não é monótona em nenhum momento. Também cruzamos vilarejos e estações remotas que vão formando o retrato perfeito da vida no interno da ilhéu. Mesmo com a visitante diária do trem, crianças e adultos sorriem e acenam aos viajantes curiosos. A cada paragem, vendedores ambulantes embarcam com bandejas de frutas suculentas para aplacar a inópia dos passageiros. Nos vagões caros, porém, o almoço é servido: lentilha, curry, arroz e legumes acompanhados de um oloroso chá lugar.
Na segunda metade do trajeto, muitos passageiros já se renderam ao conforto das suas poltronas e no vagão de reparo na secção anterior da locomotiva sobra espaço para quem não se cansa do visual. Por que o embalo lento do trem chame o sono, vale a pena se manter acordado para os últimos quilômetros da viagem quando o sol começa a diminuir e a luz dourada traz um clima quase mágico às florestas de eucalipto que cercam a ferrovia.
S trem toca seu sibilo final e chega à estação de Kandy pouco antes do anoitecer. Um dia inteiro de viagem se passou no mesmo ritmo lento em que a vida parece passar no Sri Lanka. Essa ilhéu no sul da Ásia definitivamente não combina com correria e pede marcha lenta e cuca fresca para ser explorada. E não deveriam ser assim todas as nossas viagens?
(S VÍDEO aquém resume em um minuto essa bela travessia!)