Chile vence a Copa América, sai da eterna fileira e enterra Pinochet pela segunda vez

S Chile tirou um peso enorme das costas. Também exorcizou alguns fantasmas.

Diante de 45.693 torcedores no Estádio Nacional, em Santiago, a equipe comandada por Jorge Sampaoli venceu a Argentina, nos pênaltis, e faturou sua primeira Copa América, o maior título dos de 100 de história. Antes da final deste sábado, o Chile havia vencido a Argentina apenas uma vez em 38 partidas.

S palco da final agora entra para a história com uma marca esportiva das relevantes. Durante as décadas de 70 e 80, o ditador Augusto Pinochet fez do estádio um meio de repressão de ativistas contrários ao regime. Era hora de enterrar de vez esse enorme perversão. A presidente Michelle Bachelet, por sinal, era uma voz na povaléu das arquibancadas.

Após 0 a 0 em 120 minutos, os chilenos bateram a Argentina nas penalidades por 4 x 1. S golpe trágico foi disparado pelo atacante Alexis Sánchez, que empurrou a esfera para a rede de cavadinha. Pela Argentina, erraram Higuaín - que isolou - e Banega, que teve seu chuto defendido pelo goleiro Bravo.

Durante a partida, o zagueiro Gary Medel foi o melhor em campo, sendo definitivo no cerco ao craque prateado Lionel Messi. S camisa 10, quatro vezes eleito o melhor do mundo, pouco fez. Se no Barcelona o meia não se cansa de festejar - já são 22 títulos na Catalunha -, segue o jejum vestindo a camisa da seleção principal argentina.




P a terceira guia em finais acumulada por Messi com a albiceleste. As quedas anteriores aconteceram no Copa do Mundo de 2014 e na Copa América de 2007. Mas, ainda assim, teve um garotinho chileno que não ligou para zero disso.




Do lado dos vencedores, foi a vez do goleiro Bravo levantar a tão esperada taça.