Vargas diz que não tem ‘nada a esconder’ e provará inocência ‘de cabeça erguida’
iG São Paulo
Petista alvo de processo no Conselho de Ética por elo com doleiro 'patrimônio condiz com salário de deputado'O deputado licenciado André Vargas (PT-PR) voltou a se defender no Twitter nesta quinta-feira (10) das denúncias de quebra de decoro por sua relação com o doleiro Albertou Youssef, preso em operação da Polícia Federal contra lavagem de dinheiro. Vargas é alvo de processo no Conselho de Ética e ontem, após se afastar do cargo, se licenciou da vice-presidência da Câmara.
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“A imprensa está devassando minha vida, e vendo que não tenho nada a esconder. Meu patrimônio condiz com o salário de deputado. Estou certo de que não cometi ato ilícito e vou provar isso, de cabeça erguida. Não traí a confiança que sempre mereci do povo do Paraná”, afirmou na página da rede social.
A representação é de autoria dos partidos de oposição: PSDB, DEM e PPS. O relator do processo, escolhido pelo presidente do Conselho, deputado Ricardo Izar (PSD-SP), será o deputado Júlio Delgado (PSB-MG), responsável por elaborar um relatório preliminar para avaliar a admissibilidade do caso.
Entenda o caso
Reportagem da Folha de S.Paulo publicada na semana passada, diz que Vargas usou um avião contratado por Youssef para uma viagem a João Pessoa. Segundo o jornal, o empréstimo da aeronave foi discutido entre os dois por mensagem de texto no início de janeiro. Neste fim de semana, a revista "Veja" trouxe reportagem com troca de mensagens entre os dois e há suspeitas de que atuavam juntos para fechar um contrato com o Ministério da Saúde. Ao se explicar por meio de nota, o parlamentar disse que é amigo de Youssef, mas negou envolvimento com irregularidades.
Com a licença, Vargas perde direito, pelo período em que estiver fora da Câmara, à remuneração mensal de R$ 26.723,13 e à verba de gabinete. O cargo de 1º vice-presidente da Câmara ficará vago nesse período e as tarefas do cargo podem ser designadas a qualquer membro da Mesa Diretora. Para compor o quórum da Mesa Diretora, será chamado o 1º do colegiado, deputado Gonzaga Patriota (PSB-PE).
Youssef está preso desde o dia 17 pela Operação Lava Jato, deflagrada pela Polícia Federal em seis Estados e no Distrito Federal. Mais de 20 pessoas foram presas suspeitas de participar do esquema de lavagem de dinheiro que, segundo o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), movimentou mais de R$ 10 bilhões. Um dos presos foi o ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa.
Fonte: Notícias do Último Segundo: o que acontece no Brasil e no Mundo