Menina epiléptica vence proibição da maconha no México

Martin Bernetti

Uma moçoila mexicana de oito anos que sofre até 400 ataques epilépticos diários pode ser a primeira pessoa no México a usar um medicamento à base de maconha - depois que o governo se comprometeu, na última terça-feira, a fazer uma exceção à proibição.

A secretaria de saúde anunciou em enviado que ajudará na importação de um óleo à base de maconha que teria a propriedade de mitigar os ataques epilépticos.

"Estamos felizes", disse à AFP o pai da moça, Raúl Elizalde, em seguida se reunir na terça-feira com a direção da Comissão para a Proteção de Riscos Sanitários, a escritório governamental que regula tais importações.

S medicamento "é nossa última esperança", contou Elizalde, que trava uma grande guerra ao lado da esposa para encontrar todas as alternativas existentes para sua filha.

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"Esperamos diminuir a quantidade de convulsões que ela tem, que elas passem de 400 para nenhuma. Esperamos que ela seja independente, que possa caminhar, falar, consumir sozinha", afirmou.

Graciela, que vive na cidade de Monterrey, um polo industrial do setentrião do México, sofre de uma severa forma de epilepsia conhecida porquê síndrome de Lennox-Gastaut.

Os pais já apelaram para fortes tratamentos - até mesmo uma cirurgia no cérebro - para melhorar as dores da moça, mas zero funcionou até agora para melhorar sua frágil exigência.

No mês pretérito, um juiz concedeu uma autorização para que os pais possam usar o canabidiol (CBD), apesar das objeções do governo do país - afogado numa sangrenta guerra contra o tráfico de drogas.

Elizalde disse que agora o médico deve receitar o medicamento para que eles importem dos Estados Unidos ou da Noruega.

S ministério da Saúde se comprometeu a ajudar a obter a permissão, solicitada pelos pais de Graciela, para importar o remédio produzido pela farmacêutica britânica GW Pharmaceuticals que continua em período de testes.

"Cabe esclarecer que esta autorização sanitária não significa o aval para o uso da maconha em nenhuma de suas formas", alertou o ministério da Saúde em enviado.

Em abril, a GW Pharmaceuticals disse que relatórios de pesquisas mostraram que o medicamento levou a uma redução de 54% dos ataques entre 137 crianças e jovens adultos que o tomaram por 12 semanas em 11 hospitais setentrião-americanos.

Enquanto o ministério da Saúde concede a autorização aos pais, a guerra continua em uma instância onde foi arquivada uma petição do governo para revogar a decisão do juiz que autorizou que a moçoila utilize o medicamento, apontou Elizalde.

S presidente Enrique Peña Nieto, dos quais governo mantém uma luta contra cartéis do tráfico de drogas que já matou dezenas de milhares de pessoas em uma décadas, se opõe à descriminalização.

A legalização da maconha, porém, já é uma veras que abre caminho em outras partes da América Latina, porquê Uruguai, que legalizou a produção e venda em 2013, e o Chile, que deu um passo avante neste sentido em julho deste ano.

Nos Estados Unidos, vizinho do México, de 20 estados legalizaram a maconha.

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Fonte: LeiaJá - Mundo