Veja porquê você pode melhorar seu siso de direção – 16/03/2024 – Estabilidade
Ralph Street adora mapas. Ele estudou geografia e planejamento urbano —alguma coisa bastante adequado para alguém com seu sobrenome ("Street", ou "Rua", em inglês).
Muito antes disso, seus pais o levavam regularmente para praticar orientação —um esporte que consiste em passar entre dois pontos usando um planta topográfico e uma bússola.
"Realmente não me lembro de porquê era antes de praticar orientação", reflete Street, que mora em Oslo, na Noruega.
Hoje, ele participa de campeonatos internacionais no esporte de orientação. Mas esses conhecimentos de escol também são úteis na sua vida diária.
Street se lembra de uma viagem em grupo de Londres para Glasgow, na Escócia, quando ele era muchacho. Seus amigos delegaram a ele a orientação do grupo, logo que perceberam sua habilidade de se transferir pela cidade.
Geralmente, Street tenta ser diplomático quando tem opinião dissemelhante de outra pessoa sobre o caminho patente a seguir. "Normalmente, tenho razão, mas... podemos tentar o caminho deles primeiro e [depois] perceber que eles estão errados."
Outros praticantes do esporte de orientação também relatam ter memória espacial supra da média.
Mas pesquisas recentes na dimensão da neurociência e da psicologia sugerem que pessoas comuns também podem melhorar sua orientação espacial de muitas formas.
Por que algumas pessoas se orientam melhor do que outras?
Street começou a praticar orientação com nove anos de idade.
Porquê indica sua experiência, essa prática na puerícia aumenta o conforto e a crédito das pessoas no seu siso de direção. A oportunidade de se movimentar de forma independente por diversos ambientes quando moçoilo faz a diferença.
"Experimentos com animais indicam que o movimento passivo não é tão bom, porque você basicamente não presta atenção", afirma a professora de psicologia Nora Newcombe, da Universidade Temple, nos Estados Unidos.
Pessoas que cresceram em ambientes rurais ou em cidades com estrutura espacial mais complexa aparentemente também se orientam melhor na idade adulta. Esse desempenho é proporcional às distâncias e à variedade de áreas percorridas.
Mesmo na idade adulta, "temos boas evidências de que as pessoas que se movimentam por distâncias maiores no envolvente ao seu volta" têm melhor propensão espacial, segundo Newcombe. Simplesmente ir e voltar direto de morada para o trabalho não faz diferença.
Em muitas sociedades, as meninas e as mulheres têm poucas oportunidades de praticar suas técnicas de orientação. Acredita-se que esta seja uma razão importante para a geração do mito de que as mulheres teriam naturalmente um siso de direção pior do que os homens.
As mulheres acreditam que seu siso de direção é mais fraco até mesmo em estudos nos quais apresentam o mesmo desempenho dos homens.
"As pessoas tendem a superestimar o efeito do gênero e também a considerar que esse efeito, de alguma forma, seria independente dos fatores culturais", diz o filósofo e observador cognitivo Pablo Fernandez-Velasco, da Universidade de York, no Reino Unificado, e do University College de Londres.
O grupo mais propenso a superestimar suas capacidades de navegação é o dos homens mais idosos.
De indumento, as pesquisas antropológicas sugerem que, em sociedades com maior paridade de gênero, as diferenças de siso de direção entre os gêneros não existem.
Um estudo importante de 2019 envolveu o povo Mbendjele BaYaka, na República do Congo. Trata-se de um grupo de caçadores e coletores da floresta tropical, que não usam instrumentos de orientação, porquê mapas e bússolas.
Os participantes da pesquisa se saíram muito muito nos testes de precisão de indicação, sem diferença entre homens e mulheres.
Os cientistas atribuíram esta desenlace às distâncias (e experiências espaciais) similares que homens e mulheres acumulam naquela sociedade.
A pesquisadora Haneul Jang, do Instituto Max Planck de Antropologia Evolutiva em Leipzig, na Alemanha, relembra uma excursão em procura de inhame com uma mulher BaYaka. As duas se afastaram do grupo principal e acabaram perdidas no meio da floresta.
O GPS de Jang não conseguia encontrar o caminho de volta, mas sua companheira BaYaka "imediatamente olhou em volta, observou o sol e começou a andejar em uma direção. Logo em seguida, encontramos uma trilha."
O gênero também exerce influência cultural para orientar ou não as meninas para abraçar certas profissões em que o siso de direção é fundamental.
Com testes de indicação e construção de modelos, as pesquisas de Newcombe concluíram que geólogos experientes têm melhor siso de direção do que psicólogos experientes.
Esta relação aos campos da ciência, tecnologia, engenharia e medicina coincide com as observações de Street na sua própria comunidade. Muitos praticantes do esporte de orientação acabam trabalhando em setores porquê a engenharia, a matemática e a física. Ele próprio trabalha com tecnologia da informação.
Em relação ao efeito da ensino, renda e privilégios, pesquisas globais indicam que o PIB per capita de um país está relacionado ao siso de direção médio do seu povo.
Porquê o cérebro faz para se orientar
De que forma o cérebro processa as informações de localização? Um elemento são os mapas cognitivos, que são essencialmente modelos espaciais mentais.
Acredita-se que o planta cognitivo resida no hipocampo, uma região do cérebro envolvida nos processos da memória.
Pesquisas neurocientíficas demonstraram que as estruturas em volta do hipocampo também desempenham papéis fundamentais na orientação. O córtex entorrinal, por exemplo, já foi descrito porquê a região da "bússola do cérebro".
Além de saber para qual direção você está olhando e para onde fica o seu rumo, conseguir identificar marcos permanentes está relacionado ao bom siso de direção.
Esta capacidade de reconhecer marcos fixos foi relacionada à atividade do córtex retrosplenial, que faz secção da classe externa enrugada do cérebro.
O cérebro de navegadores altamente especializados parece ser dissemelhante dos demais.
Um dos melhores exemplos são os motoristas de táxi. Em Londres, eles levam anos para comprar o que é reverencialmente chamado de "O Conhecimento". E uma estudo do cérebro desses motoristas revela que eles sofrem desenvolvimento do hipocampo.
Existem diversos testes de orientação e direção, mas não existe um padrão-ouro de teste psicológico sobre o siso de direção, mormente entre culturas diferentes.
Existem muitas lacunas nas pesquisas sobre porquê certas culturas observam e transmitem as informações de orientação, que dirá sobre porquê calcular essas técnicas de forma padronizada.
"O [teste] tradicional é uma espécie de labirinto virtual", afirma Fernandez-Velasco. Mas esse labirinto não é necessariamente ajustado à forma de funcionamento do nosso siso de direção em diferentes ambientes e culturas.
Enquanto as tendências de orientação ocidentais tendem a privilegiar as indicações visuais, por exemplo, outras culturas prestam mais atenção em indicações fornecidas pelo olfato, audição e outros sentidos.
"É difícil registrar tudo isso com o mesmo teste, mormente se ele for muito orientado ao que consideramos boa orientação no contexto ocidental e, talvez, no contexto urbano", explica Fernandez-Velasco.
Para ampliar o estado universal do conhecimento, Fernandez-Velasco afirma que existem questões importantes a serem pesquisadas sobre o siso de direção, em termos de "porquê nos envolvermos com os colaboradores locais" e "porquê considerar os sistemas de conhecimento não coloniais".
Porquê melhorar seu siso de direção
Existem muitos conceitos errôneos sobre o siso de direção humano. "Um mito é que você acha que não pode melhorar", segundo Nora Newcombe.
Fernandez-Velasco é da mesma opinião: embora os cérebros dos adultos tenham menos plasticidade, eles definitivamente ainda podem aprender novas técnicas.
Newcombe também se preocupa com as pessoas que acreditam que o siso de direção é irrelevante na era do GPS. Finalmente, as baterias dos telefones celulares podem se esgotar e os sistemas podem cometer erros, porquê indicam os relatos de pessoas que afundaram com seus carros por orientação do GPS.
Ferramentas de orientação porquê mapas, bússolas e arte rupestre são espécies de "artefatos cognitivos". Eles são úteis em muitos casos, mas podem gerar obediência.
"Às vezes, quando você usa um artefato cognitivo, você descarrega as suas capacidades cognitivas naquele artefato", explica Fernandez-Velasco.
Ele se refere mormente ao GPS. "Aquilo, por si só, pode ter efeitos negativos sobre a sua capacidade de orientação no longo prazo."
As pessoas podem treinar para observar melhor as indicações ambientais, porquê o vento, o sol e o relevo, seja em envolvente rústico ou urbano. "Existem indicações às quais muitas pessoas não prestam atenção", segundo Newcombe.
Também pode ser útil praticar atividades porquê velejar e caminhar. Ralph Street incentiva as pessoas a procurarem um clube lugar de praticantes de esporte de orientação.
Nem todos terão os recursos ou a oportunidade de participar desse tipo de atividade, mas podemos colocar alguns princípios em prática enquanto caminhamos ou dirigimos.
Em primeiro lugar, para melhorar o siso de direção, é preciso mudar nossa relação com o risco.
"Muitas pessoas não estão dispostas a fazer explorações porque têm pânico", diz Newcombe. "Muitos adultos têm bastante impaciência espacial. Basicamente, eles não querem perder tempo, mas também têm temor de que um pouco ruim aconteça."
Embora as variações culturais dificultem o fornecimento de indicações universais para melhorar o siso de direção, de forma universal, "quanto mais você se movimentar, mormente em formas levemente desafiadoras, melhor siso de direção você terá", indica Fernandez-Velasco.
"Secção do problema é que as pessoas que não têm bom siso de direção, às vezes, são inseguras e evitam situações que envolvam orientação, o que pode ocasionar esse feedback negativo."
Para as pessoas que não conseguem se imaginar se orientando sem um aplicativo no celular, existem formas de exercitar as habilidades espaciais usando a tecnologia.
Street aconselha a não deixar que o Google Maps decida sempre o seu trajeto. E Newcombe sugere mudar as configurações, quando for provável.
A professora explica que o padrão de muitos aplicativos faz com que "qualquer lugar aonde você vá fique diretamente à sua frente, o que é uma forma terrível de aprender. Defendo totalmente manter o setentrião na secção de cima, todo ."
Ela também recomenda "aproximar e alongar a visão continuamente, para poder observar as informações detalhadas, que são necessárias para a orientação, mas também os marcos principais."
Dormir por tempo adequado também pode ajudar. Um estudo global concluiu que, entre participantes com 54 anos de idade ou mais, as pessoas que dormiram sete horas em uma noite apresentaram melhor desempenho em um jogo de orientação.
Um praticante de esporte de orientação na Noruega e um coletor na República do Congo podem adotar diferentes formas de se orientar pelo seu território. Mas a boa notícia é que tanto eles quanto nós podemos aprimorar continuamente essa técnica ao longo da vida.
Leia a versão original desta reportagem (em inglês) no site BBC Future.
[ad_2]
Manadeira Notícia -> :Fonte da Notícia -> Clique Aqui