Quem tomou a vacina ainda pode transmitir o coronavírus e deve continuar usando máscara – 25/02/2021 – Ciência

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A imunização contra Covid-19 no Brasil entre os primeiros grupos prioritários veio acompanhada de muitos planos de quem está na espera para o dia seguinte da alfinetada: festas, viagens e abraços nos avós. Mas calma.

De congraçamento com cientistas, nosso organização pode levar quase dois meses para edificar seu próprio escudo depois o início da vacinação. E, vale lembrar, a pandemia continua e o número de novos contaminados só vai estrear a desabar quando muita gente estiver vacinada.

As vacinas desencadeiam uma reação de resguardo no organização a partir, por exemplo, de um vírus inativado ou de um adenovírus geneticamente "vestido" de coronavírus (o chamado vetor). Esse processo fica na memória do nosso sistema imunológico que, ao encontrar, de trajo, o vírus, estará prestes para barrar sua ingressão nas células. Isso tudo leva um tempo.

"A resposta do organização pode variar de concórdia com filete etária e outros aspectos individuais. Não sabemos quando se dá exatamente a isenção de cada pessoa", diz a epidemiologista Ethel Maciel, da Ufes (Universidade Federalista do Espírito Santo).

No caso da Coronavac, o aprendizagem do sistema imune ainda leva, aproximadamente, duas semanas em seguida a emprego da segunda ração.

Às contas: a enfermeira Mônica Calazans, por exemplo, recebeu a primeira ração da Coronavac em SP em 17 de janeiro –aquele domingo na qual se comemorou a aprovação dos primeiros imunizantes no país para uso emergencial (a Covishield, da farmacêutica AstraZeneca e da Universidade de Oxford, também teve aval).

A segunda ração de Calazans foi ministrada no dia 12 de fevereiro. Tecnicamente, considerando a média, proteção imune contra Covid-19, logo, só depois de 26 de fevereiro.

No caso da Covishield, essa proteção contra o vírus começa em torno de 21 dias depois da primeira ração (a segunda ração tem um papel de prolongar a proteção adquirida). Essa vacina começou a ser aplicada dia 25 de janeiro no país.

Logo, alguns meses depois a vacina já dá para descartar as máscaras faciais e apinhar?

Não. Nenhuma vacina do mundo garante proteção imune totalidade. Enquanto o vírus estiver circulando, há possibilidade de doença inclusive entre os imunizados.

Sabemos que a Coronavac, por exemplo, reduz pela metade o risco de que os vacinados desenvolvam Covid-19. Isso é ótimo, mas ainda há possibilidade de se permanecer doente (ainda que não com a forma grave).

Dados publicados neste mês no periódico científico The Lancet mostram que a Covishield reduz em 70% a possibilidade de desenvolvimento da Covid-19 em pessoas com menos de 55 anos. Novamente: ainda há risco de permanecer doente.

E, mesmo sem desenvolver a doença, os vacinados ainda podem se contaminar e transmitir o novo coronavírus.

Porquê ainda há pouquíssimos vacinados no Brasil –menos de 3% da população até agora–, o risco de alguém que tomou a vacina encontrar o vírus e transmiti-lo (mesmo sem permanecer doente) para quem ainda não esteja protegido é muito grande.

Por isso, mesmo quem já tenha tomado as duas doses da vacina contra Covid-19 tem de seguir todos os protocolos amplamente conhecidos para segurar a transmissão da doença: limpeza das mãos, distanciamento social e máscara facial. Sem festinha.

Não há, ainda, nenhum estudo científico revisado e devidamente publicado sobre redução de transmissão do novo coronavírus entre vacinados pelas imunizações disponíveis no Brasil.

"A Pfizer reduz a fardo viral em até quatro vezes e, por isso, poderia estar também reduzindo a transmissão do vírus. Mas ainda não temos essa certeza", diz a epidemiologista Denise Garrett, vice-presidente do Instituto Sabin (EUA). Vale lembrar: não temos a vacina da Pfizer no Brasil.

Para a microbiologista Natália Pasternak, as medidas de proteção devem ser relaxadas quando o número de casos, de hospitalizações e de mortes desabar significativamente. "Vacina não é passaporte de isenção, é uma instrumento para chegar lá", diz.

Por enquanto, os dias seguintes de quem tomou vacina contra Covid-19 têm de ser iguais ao dia anterior à imunização.


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