Pesquisa científica aproxima estudante do ensino médio da universidade pública – 18/12/2019 – Ensino

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Quando começou a estudar na Escola Técnica Estadual Santa Efigênia, na região meão de São Paulo, Victor Luigi, 15, do primeiro ano do ensino médio, já tinha interesse por pesquisa acadêmica. O paladar foi despertado pela mana, que cursou licenciatura em ciências da natureza na USP (Universidade de São Paulo). “Ela me levava em alguns eventos abertos na dimensão de ciências na faculdade e despertava curiosidade”, diz ele.  

No início de 2019, ele soube de um edital para pré-iniciação científica talhado a estudantes de ensino médio e foi um dos 11 milénio bolsistas contemplados com uma bolsa de R$ 100 pelo programa do CNPq (Juízo Pátrio de Desenvolvimento Científico e Tecnológico). A instituição ligada ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, promove essa modalidade desde 2003. 

Com o auxílio de uma professora da ETEC e de uma docente da USP, Victor vai desenvolver uma pesquisa sobre jogadores de basquete em cadeira de rodas. 

Seu interesse pelo esporte praticado por pessoas com deficiência foi procedente: ele jogou basquete durante um ano porquê armador. “Quando descobri a existência dessa modalidade para pessoas com deficiência, comecei a pensar em maneiras de ajudar os praticantes do esporte. O objetivo é pesquisar e entender a rotina dos jogadores, identificando também as dificuldades que eles têm”, diz o jovem observador. O projeto faz secção do Espaço Ciência Cultura e Ensino (ECCE) da Escola de Artes, Ciências e Humanidades (Each) da USP Leste.  

Vitor afirma ter tido dificuldade para entender porquê eram os procedimentos para a letreiro. “Tive a ajuda da minha mana, que tinha feito iniciação científica na faculdade. Mas, no universal, acho que é pouco divulgado”, afirma. 

Um ponto negativo é o ordinário orçamento: somente 1,5% do que é investido em pesquisa vai para os projetos relativos ao ensino médio, e esse valor não engloba também as bolsas dadas aos estudantes que tem bom desempenho na Olímpiada brasileira de matemática (OBMEP).

Outro fator que joga contra o incentivo à pesquisa é a forma de contratação da maioria dos docentes da ensino básica. Via de regra, eles são pagos por hora-lição. Isso significa que, quando um educador no ensino médio trabalha porquê orientador de uma pesquisa, não ganha zero a mais por isso.

Além da USP, a Universidade Estadual Paulista (Unesp) e a Universidade de Campinas (Unicamp) também têm pesquisadores bolsistas no ensino médio. O orçamento do CNPq para bolsas de todas as modalidades é de R$ 784 milhões para 2019. 

Lucas Lima 16, Maria Yoshida, 15, e Isaque Sena, 16 pretendem utilizar drones para desenvolver métodos mais acessíveis de automação residencial. Eles são alunos do Instituto Técnico de Barueri (ITB).

Lucas aponta que muitas vezes a iniciação científica é uma oportunidade de ter  contato com uma forma de aprendizagem mais prática, alguma coisa que não ocorre no ensino médio.  “No ano pretérito, por exemplo, eu tinha uma material que se chamava técnica de processos construtivos. Não via muita relevância nela porque era um estágio muito teórico. Cá [na iniciação científica] a gente aprende fazendo”, afirma.

Entre agosto e novembro deste ano, as bolsas do projeto sofreram um contingenciamento. Agora, o pagamento foi normalizado, mas três meses de financiamento não serão pagos. 

“Fazemos um trabalho de formiguinha, que é para mostrar ao estudante de escola pública que estudar em uma universidade pública também é provável”, diz Edwaldo Simões Júnior, professor doutor da Escola Politécnica e responsável pela orientação do projeto. O educador Ulises Mendes, professor dos alunos no ensino médio, também acompanha a pesquisa. 

Edwaldo tem experiência na orientação de pesquisas com alunos do ensino médio. No ano pretérito, ele orientou Victor Alves e Luana Torres, ambos de 19 anos, que hoje estudam na USP. “O nosso projeto foi sobre topografia, e eu aprendi a utilizar vários equipamentos que usava na pesquisa e que voltei a utilizar no primeiro ano da faculdade. A gente tem alguma coisa de ilustração topográfico na escola, mas é muito dissemelhante, tinha poucos equipamentos, logo no ensino médio foi mais teórico”, diz Victor. 

Para o Fernando Cássio, professor da Universidade Federalista do ABC (UFABC), que já orientou trabalhos de iniciação científica no ensino médio e é membro da Rede Escola Pública e Universidade (REPU), a pré-iniciação científica ajuda a quebrar alguns mitos sobre a ensino pública.

“Há uma demonização da escola, e ainda mais da escola pública, mas o trajo é que esses estudantes estão procurando a iniciação científica. Alguma coisa estimula esses jovens a quererem mais e a transbordar a escola”, afirma o docente. 

Fernando reforça também a influência do contato com a metodologia de pesquisa já no ensino médio: “a gente vive querendo proteger uma ensino investigativa, que faça sentido para o estudante, a prática da pesquisa, de se pensar, investigar e responder a partir de métodos e metodologias de pesquisas. O estudante que está nesse movimento já superou a escola, no sentido de que o que ele deseja e precisa já não está mais lá. Mas mesmo assim, o indumentária deste estudante procurar a universidade demonstra que coisas interessantes acontecem na escola, e principalmente na escola pública”, diz ele. 

Ou por outra, segundo o docente, a aproximação da escola pública também é benéfica para as universidades: “dificilmente a escola é vista porquê espaço com pesquisadores em potencial; geralmente o espaço escolar é visto somente porquê objeto de pesquisa. A chegada de pesquisadores vindos de uma escola pública inverte essa relação de um jeito muito positivo”, diz o professor.

Beatriz Melo, 18, é estudante da Unesp, cursou escola pública e teve o primeiro contato com a universidade através de uma iniciação científica na escola. Ela desenvolveu um projeto na dimensão de humanas quando estava no ensino médio e hoje cursa o primeiro ano de pedagogia.

“É muito interessante porque, quando fiz iniciação científica, o projeto também tratava de questões relativas à pedagogia, porquê o bullying, que é um tema que eu voltei a estudar com a mesma professora que orientou minha pesquisa no ensino médio”, diz a aluna.


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