Com 17 vítimas por dia, Minas tem redução de violência sexual contra menores

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Importunação, estupro, assédio e ato obsceno estão entre os crimes mais praticados; números podem não simbolizar a veras devido ao isolamento social

A cada dia, em média 17 crianças ou adolescentes sofrem qualquer tipo de violência sexual em Minas Gerais. O número pode parecer cimo, mas, de pacto com dados divulgados nesta segunda-feira (18) pelo Governo Estadual e Polícia Social (PCMG), já foi maior - no ano pretérito, foram 23 vítimas por dia, já em 2018, 22 a cada 24 horas.

Segundo a gerente da Repartição de Orientação e Proteção à Menino e ao Jovem, delegada Elenice Cristine Batista Ferreira, essa redução pode estar relacionada ao momento de distanciamento social provocado pela pandemia de Covid-19 e não simbolizar a veras. “Podemos estar diante de subnotificações, pois muitas denúncias surgiam a partir das escolas e da comunidade em que aquela párvulo ou jovem frequentava. Hoje, essa vítima pode estar em mansão, com seu abusador, às vezes sem saber a quem recorrer”, disse.

Vítimas

De concórdia com o levantamento feito nesses três anos, a maioria das vítimas são do sexo feminino, envolvidas em 84,48% dos crimes - 38,08% tinham de 0 a 11 anos e 61,92% tinham de 12 a 17 anos.

Já as vítimas do sexo masculino representam 14,43% do totalidade - 62,75% tinham de 0 a 11 anos e 37,25% tinham de 12 a 17 anos. Segundo a PCMG, em1,09% doss casos não foi informado o sexo do menor de idade.

Crimes

Em todos os anos, o transgressão de estupro de vulnerável foi o recordista  de denúncias - foram aproximadamente 3 milénio casos, tanto em 2018 quanto em 2019; enquanto de janeiro a abril de 2020 foram 787 registros. Veja, a seguir, os outros tipos de violência mais praticados neste ano:

Outras infrações contra a honra sexual e a família: 491 casos
Importunação sexual: 331 casos
Estupro: 105 casos
Importunação ofensiva ao pudor: 80 casos
Assédio sexual: 51 casos
Constrangimento/prática de ato libidinoso: 30 casos
Ato obsceno: 28 casos
Devassidão de menores: 28 casos
Divulgação de informações/fotos/vídeos íntimos: 28 casos

Lugar

De 2018 a 2020, Belo Horizonte lidera o número de casos de violência sexual contra crianças e adolescentes. Em 2018 foram 968 ocorrências; em 2019 foram 865; já no primeiro quadrimestre deste ano foram 200 casos registrados pela PCMG na capital mineira. Veja as outras cidades com mais vítimas:

Uberlândia: 66 casos
Enumeração: 54 casos
Uberaba: 52 casos
Juiz de Fora: 48 casos
Montes Claros: 48 casos
Betim: 32 casos
Ribeirão das Neves: 32 casos
Santa Luzia: 28 casos
Governador Valadares: 25 casos

Para mais dados, clique AQUI.

Campanha

18 de maio é o Dia Pátrio de Enfrentamento ao Ataque e à Exploração Sexual. Para lembrar a data, a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Sedese) lança a campanha “Não abandone quem precisa de você”, com uma série de atividades e palestras para a divulgação de orientações sobre prevenção e formas de denunciar o transgressão. Veja a programação completa AQUI.

Segundo a titular da Delegacia Especializada de Proteção à Garoto e ao Jovem (Depca), Renata Ribeiro, é necessário que as pessoas estejam atentas, não só em relação às violações presenciais, mas também as virtuais. “Nesse tempo de pandemia, sem a rotina de escola, os jovens ficam mais tempo conectados, usam mais a internet. Por isso é importante que os pais ou responsáveis acompanhem quais conteúdos estão sendo acessados, com quem e sobre o que estão conversando”, pontuou.

De conformidade com o superintendente de Polícia Técnico-Científica da PCMG, médico-legista, ginecologista e psiquiatra judicial, Thales Bittencourt de Barcelos, a violência sexual é um fenômeno que afeta pessoas de todas as idades, classes sociais, etnias e orientações sexuais. “Um dos grandes desafios para enfrentar essa violência é a fala e a integração dos serviços e do atendimento, para evitar que essas pessoas sejam vítimas novamente”, afirma.

Informações sobre crianças e adolescentes que possam estar sendo vítimas de abusos devem ser repassadas à polícia. Para denúncias anônimas por telefone há dois canais: o Disque 100 e o 181.


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