Operação investiga empresa de ração suspeita de sonegar R$ 50 milhões

Grupo é suspeito de ler esquema envolvendo pequenos empresários e "laranjas" Record

S MPMG (Ministério Público de Gerais), a Sef MG (Secretaria de Estado da Fazenda de Gerais) e a Polícia Civil realizaram, nesta quinta-feira (1), uma operação para investigar um esquema de sonegação fiscal envolvendo empresas de ração, de Santa Luzia, na região metropolitana de Belo Horizonte. De entendimento com o MPMG, o prejuízo aos cofres públicos pode ter chegado a R$ 50 milhões.

A força tarefa formada por auditores da Receita Estadual, policiais civis e promotores do MPMG deixou a sede da Sef no início da manhã. Ao todo, foram cumpridos nove mandados de procura e inquietação para instituições para pessoas físicas, instituições na Grande BH e o escritório da empresa no Rio de Janeiro.

As investigações apontam para a venda de mercadorias sem a emissão de nota fiscal, subfaturamento e a emissão de documentos fiscais com destinatários diferentes dos verdadeiros. De conciliação com o procurador da Polícia Civil Denilson Gomes, a empresa Lupus Desenvolvimento em Alimentos Ltda. teria se coligado a distribuidoras do ramo em um esquema de sonegação fiscal que contava com a participação de pequenos empresários e com o uso de “laranjas”, que em alguns casos não sabiam que estavam sendo envolvidos nas fraudes.

— Muitas dessas pessoas jurídicas não têm o conhecimento de que foram destinadas volumes imensos de notas fiscais a eles. Para uma empresa de pequeno porte foram destinadas de 800.000 sacas de ração de 20 quilos.

S esquema garantia ao grupo condições de vender grandes quantidades de rações com impostos a inferior do previsto. A sonegação permitia que os mantimentos fossem passados por preços inferiores ao de outras empresas, o que tornava a concorrência desleal.

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A empresa que está sob investigações foi criada em 2009, depois da reforma empresarial do Grupo Nutriara, também do ramo de vitualhas para animais e com atuação no Brasil e no exterior. Essa empresa encerrou as atividades deixando uma dívida tributária de de R$ 30 milhões. De negócio com a Polícia Civil, além do passivo herdado do idoso grupo, a Lupos tem uma dívida de, aproximadamente R$ 6 milhões. Na operação,batizada de “Pet-scan”, está sendo investigado a sonegação de R$ 20 milhões.

Além do delito de sonegação fiscal, os envolvidos podem responder por formação de quadrilha, falsidade ideológica e lavagem de moeda.

Fonte: R7 - Gerais