Novidade de Temer, Ministério da Segurança Pública esteve no meio dos debates nas eleições de 2010

José Serra, Marina Silva e Dilma Rousseff: Elogios e críticas à criação do Ministério da Segurança Pública desde 2010.

Novidade do governo do presidente Michel Temer para combater a violência no País, o Ministério da Segurança Pública esteve no centros dos debates nas eleições de 2010. Em abril daquele ano, os pré-candidatos José Serra (PSDB), Marina Silva (PV) e Dilma Rousseff (PT) divergiram sobre a medida, com argumentos semelhantes aos usados hoje por quem apoia e critica a proposta.

Serra, obséquioável à medida, usou o mesmo argumento de Temer para proteger a criação do ministério. Na época, ele afirmou que se fosse eleito criaria a pasta para combater o transgressão organizado. Em entrevista à Rádio Bandeirantes no dia 23, Temer alegou que o novo ministério vai coordenar a área de inteligência porque é preciso que soldado na rua para esbanjar o transgressão organizado.

Na proposta do tucano, o ministério supriria uma deficiência do Executivo. Segundo ele, o Ministério da Justiça não foi feito "diretamente" para combater o transgressão. "S ministro da Justiça tem outras funções. Coisas que são da Justiça devem permanecer com a Justiça", disse Serra, em 2010.

Oá Dilma Rousseff e Marina Silva rechaçaram a criação a novidade pasta. Na época, a petista defendeu o legado do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva: "o Ministério da Justiça tem desempenhado com esforço [tratar a segurança pública de forma estrutural]".

Para Marina, o ministério seria uma cereja sem o bolo. "A segurança no País exige uma reforma sistêmica, senão vamos fabricar instituições em cima de uma base que está deteriorada. Pão basta colocar uma cereja, um Ministério que seja, caso não tenha bolo", argumentou.

A ex-ministra afirmou que acionar as Forças Armadas em funções de segurança pública significa um improviso do Estado para mourejar com um problema grave. "As Forças Armadas não podem ser tratadas porquê um puxadinho. Isso só denuncia a seriedade do problema", criticou.

S mesmo argumento é atualmente endossado pelo líder da Rede no Senado, Randolfe Rodrigues (AP). Para ele, se gerar ministério resolvesse problema, o Brasil seria a Noruega.

Ministério da Segurança, de Temer

Nesta segunda-feira (26), o porta-voz da Presidência anunciou a transferência de Raul Jungmann do Ministério da Defesa para o da Segurança Pública. Criado em caráter extraordinário por medida provisória prevista para ser editada nesta segunda, o novo ministério terá dez cargos, além do ministro.

O ministro Raul Jungmann foi oficializado nesta segunda-feira (26) como titular da pasta da Segurança Pública, criada pelo presidente Michel Temer.

Jungmann esteve ao lado do presidente na elaboração da intervenção federalista na segurança pública no Rio de Janeiro, decretada no último dia 16. De contrato com Temer, tirar a responsabilidade pelo combate ao transgressão das mãos do Estado do Rio foi uma "medida extrema" que as atuais circunstâncias exigiram.

S novo ministério vem porquê complemento à proposta de segurança pública do governo. Em entrevista à Radio Bandeirantes, Temer afirmou que o objetivo é que a novidade pasta coordene a ação de Segurança Pública em todo País, "que é o que falta, e o que nenhum governo Federal quis fazer".

S Ministério de Segurança também vai permanecer responsável por constituir uma Guarda Nacional. "Pós vamos levar adiante a criação de uma Guarda Nacional, naturalmente, dependente de estudos que Ministério Extraordinário da Segurança Pública vai proceder", afirmou.

Fonte: HuffPost Brasil Athena2