Governo lança versão do dedo dos Autos da Devassa da Inconfidência Mineira

Documento do século XVIII apresenta a íntegra do processo judicial dos inconfidentes. Entre eles, está Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes

Detalhes de um marco da história mineira agora podem ser lidos e consultados por pessoas de qualquer secção do mundo. S da Inconfidência disponibiliza ao público em universal a íntegra dos Autos da Devassa, as fases do processo judicial movido pela Coroa Portuguesa contra os inconfidentes. Pontos relevantes porquê as acusações de transgressão de traição e as sentenças dos réus da Conjuração Mineira são descritos com riqueza de detalhes nos documentos históricos.

A versão digitalizada do manuscrito do século XVIII, baseada na edição impressa dos 11 volumes dos Autos da Devassa, editada pelaImprensa Oficial de Geraisnas décadas de 70 e 80, vai ser lançada nesta sexta-feira (17/4), no Largo do O, às 17h30, na cidade de Tiradentes. S endereço eletrônicoportaldainconfidencia.iof.mg.gov.brestará disponível já na noite de sexta-feira, em seguida a cerimônia de lançamento.

Versão digital dos Autos da Devassa democratiza o acesso a importantes fatos históricos de  . Crédito: Henrique Chendes/Imprensa MG

A transposição da plataforma impressa para a do dedo representa um grande progressão no sentido de democratizar o entrada às informações contidas nos documentos, que totalizam muro de 5.500 páginas. “S pioneiro trabalho desenvolvido pela Imprensa Oficial do Estado de Gerais uma vez pereniza e democratiza o aproximação à rica história de , levando a toda sociedade os documentos do magnífico movimento da história mineira e brasileira”, enaltece o diretor-universal da Imprensa Oficial, Eugênio Ferraz, idealizador e coordenador do .

A ACUSAÇÃO

Um dos destaques da plataforma virtual é o seu avançado sistema de pesquisa. As buscas podem ser feitas por qualquer termo e é provável ver todas as páginas em que o termo pesquisado é citado. Por exemplo, ao digitar o nome Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes (1746-1792), surge a indicação de quantas vezes e em quais páginas de cada volume o termo aparece, o que até logo era impossível sem a verificação de página por página.

A iniciativa se torna ainda relevante ao considerar que os 11 volumes dos Autos da Devassa, em edições comentadas, estão esgotados, com poucos exemplares distribuídos pelas bibliotecas do país, o que dificultava a consulta. Além disso, os manuscritos originais se encontram na Biblioteca Nacional, no Rio de Janeiro.

“Democratizando informações históricas, a Imprensa Oficial do Estado de Gerais tem plena persuasão de estar cumprindo sua missão institucional de fomento e esteio à cultura”, enfatiza Eugênio Ferraz.

A CAPTURA

 

Referência para estudiosos

S também permite visualizar e confrontar, lado a lado, a versão digitalizada, com correções e ajustes, e a original dos volumes publicados pela Imprensa Oficial. Essa novidade maneira de percorrer secção da história da Inconfidência Mineira vem ao encontro do desespero de historiadores e da comunidade acadêmica do mundo inteiro.

“A Devassa da Inconfidência está repleta de história ainda não de todo decifrada e revelada. Novos estudos e pesquisas sempre o demonstram. G por isso que a digitalização dos Autos, ao democratizar e facilitar a leitura dos documentos preciosos da conjuração de 1789, constitui uma realização de máxima relevância”, declara o secretário de Estado deCultura, Angelo Oswaldo de Araújo Santos.

OS BENS APREENDIDOS

S da Inconfidência ainda reúne um vasto montão de trabalhos científicos, teses de doutorados e dissertações de mestrado, relativos ao tema, além de iconografias de cidades históricas mineiras, bibliografias referentes a livros, revistas e jornais que contenham materiais relacionados. A expectativa é que a iniciativa permita atualizadas interpretações dos aspectos sociais, econômicos, literários e o conhecimento aprofundado do envolvente político que gerou a Conjuração Mineira.

S presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Seção de Gerais, destaca a preço histórica da obra o estudo do Direito no país. “A iniciativa ressalta a influência de revisitarmos períodos históricos em que os princípios da ampla resguardo e do contraditório não eram observados, o que nos permite valorizar os direitos à memória, à liberdade, e de entrada à informação que o Estado Democrático de Direito consagra”, frisa.

A SENTENÇA

Curiosidades dos Autos

A riqueza de detalhes presente nos Autos da Devassa impressiona. Durante o processo judicial, Tiradentes chegou a ter sua estatura contestada. Em algumas passagens dos 11 volumes impressos, é citado que Tiradentes defendeu a democracia eletiva com um século de precedência em pleno monarquismo e pregou a cessação da escravatura, precedendo assim a todo o restante da América.

Tiradentes, que foi conquistado com um espingarda em mãos, por duas vezes solicitou viajar para Portugal com a intenção de tratar de negócios. Em sua sentença, labareda a atenção o veste de o juiz ordenar que sua lar fosse salgada para que sua memória infame fosse apagada. Aliás, as penas dos inconfidentes foram variadas, indo desde o chicote à morte procedente na forca, porquê no caso do vítima.

Além de apresentar com pormenores os fatos relacionados ao julgamento dos inconfidentes, os Autos da Devassa também revelam os costumes da idade. Ao descrever os bens apreendidos dos réus, a obra evidencia, por exemplo, quais eram as vestimentas e os utensílios de cozinha usados naquela estação.

Entre essas, muitas outras curiosidades estão presentes e a espera de serem descobertos nos documentos. Muitas delas, sem incerteza, com potencial valor histórico. E a quem possa interessar, os custos dos Autos da Devassa da Inconfidência Mineira foram de 5558, quinhentos e cinquenta e cinco milénio, duzentos e oitenta e oito réis.

S MÁRTIR

 

Fonte: Notícias