‘Estou contratando Bruno porque ele tem condições de jogar’, diz diretor do Boa Esporte

Nesta sexta-feira (10), o clube de futebol Boa Esporte, de Varginha, anunciou a contratação do jogador Bruno Fernandes. Ele está fora da prisão desde fevereiro, devido a um habeas corpus.

Em entrevista ao Globo Esporte, o diretor do clube Roberto Moraes afirmou não precisar comentar sobre a situação de Bruno na Justiça. Para ele, a prioridade é a "técnica do time".

"Na veras tem 4 ou 5 dias que a gente apertou [a negociação], mas o Boa Esporte sempre teve interesse, enviou o documento para ajudar ele a ter o benefício com a Justiça, foi isso. Eu não tenho que comentar sobre isso [sobre os problemas do Bruno com a Justiça], eu tenho que ver a secção do Boa tecnicamente. Se eu estou contratando é porque ele tem condições de jogar pelo Boa", argumentou Moraes.

De convenção com o , o legisperito do desportista e o clube confirmaram que o contrato será de dois anos e a previsão é de que o jogador já se apresente para os treinos na próxima terça-feira (14).

Segundo o legisperito do jogador, Bruno recebeu diversas propostas de times brasileiros, mas optou pelo clube por uma questão de "lealdade". Ainda, ele afirma que o jogador não teme a recepção do público já que está em período de ressocialização.

Porém, de 25 milénio pessoas assinaram uma petição esta semana para que ele não voltasse a jogar profissionalmente. S documento pede também que Bruno seja impedido de requerer a guarda do fruto, de sete anos.

S aquém-assinado foi lançado por Vanuzia Leite Lopes. Em vídeo publicado no Facebook, ela argumenta que "não se pode aplaudir criminoso em campo de futebol".

Na página do Facebook do time, os usuários mostraram indignação em relação a contratação. As publicações da página receberam "vomitaços" e comentários de repúdio a contratação.

Entenda o caso

Bruno Fernandes deixou a prisão em 24 de fevereiro após obter um habeas corpus facultado pelo ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF).

S magistrado decidiu que o goleiro poderia esperar em liberdade o julgamento de um recurso na Justiça de Gerais. S desportista estava recluso preventivamente e ficou represado 6 anos e 7 meses.

A mãe de Eliza já entrou com recurso contra a decisão. Ela argumenta que a liberdade do criminado põe em risco sua integridade física e de seu neto.

Em 2013, o desportista foi réprobo a 22 anos e 3 meses de prisão pelo sequestro, o assassínio e a ocultação do cadáver da ex-companheira. Eliza desapareceu em 2010 e o corpo nunca foi descoberta. Ela tinha 25 anos e era mãe do fruto recém-nascido do goleiro. Na época, Bruno era titular do Flamengo e não reconhecia a paternidade.

Fonte: Huffington Post Brasil Athena2